Uma indústria de MDF está finalizando sua fase de instalação em Pinheiros, no Norte do Estado. O início da operação, em fase experimental, está programado para abril. No mês seguinte, começará a produção das chapas de fibra de madeira. O valor do investimento na planta industrial foi de R$ 393 milhões.
A produção vai abastecer o setor moveleiro do Espírito Santo, Rio de Janeiro, leste de Minas Gerais e Nordeste do Brasil. Essa será a primeira fábrica do gênero localizada na área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O presidente do Conselho Administrativo da empresa Placas do Brasil S/A, Luis Soares Cordeiro, está otimista com a demanda da produção. Este é um mercado maior que a própria capacidade de produção da fábrica, destacou.
A capacidade instalada de produção industrial será de até 360 mil metros cúbicos de MDF por ano. Desse total, metade será de placas em estado cru, destinado à indústria de móveis seriados, e a outra parcela será de placas revestidas, que já saem prontas para a montagem de móveis, por exemplo.
Com o funcionamento pleno da fábrica, previsto para o próximo ano, o custo logístico para a produção do setor moveleiro no Estado deve ser reduzido, já que sua matéria-prima estará mais próxima.
A fábrica começou a ser construída em junho de 2016, baseada em uma demanda do Espírito Santo e dos Estados vizinhos. O Estado é o 6º maior polo moveleiro do país e a matéria-prima vem, principalmente, de São Paulo e da Região Sul do país, justificou o presidente do Conselho Administrativo da fábrica.
O investimento para a implantação da indústria, instalada no Km 19 da BR 101, no município de Pinheiros, foi cerca de de R$ 393,5 milhões, em uma área de 660 mil metros quadrados. Os equipamentos que compõem a linha de produção da indústria foram importados da Alemanha, Áustria e Bélgica. Segundo Cordeiro, esse é um dos motivos que tornam a fábrica a mais moderna do país.
DESENVOLVIMENTO
Para obter a matéria-prima para a produção das placas de fibra de madeira, a empresa, criada em 2011, precisou primeiramente criar condições de produção de madeira na região.
Cerca de 300 produtores plantaram cerca de 18 mil hectares de eucalipto no Norte e Noroeste do Espírito Santo e Sul da Bahia. Um investimento de quase R$ 80 milhões pelos produtores. De acordo com Cordeiro, foram assinados contratos de compra futura de madeira produzida pela empresa.
Na fase de obras, iniciada em 2016, a empresa chegou a gerar 600 empregos diretos na região. Quando começar a operar, 150 pessoas trabalharão diretamente na indústria e outras 450 atuarão indiretamente na parte de plantio e colheita, baldeio, transporte e expedição da matéria-prima e materiais acabado.
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