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Há desequilíbrio contra o Brasil no banco dos Brics, diz Bolsonaro

Há desequilíbrio contra o Brasil no banco dos Brics, diz Bolsonaro

País recebeu apenas 9% do total emprestado pelo banco, enquanto China e Índia receberam cerca de 30% cada um, África do Sul, 16%, e Rússia, 14%

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 19:36

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Países integrantes do Brics se reúnem em Brasília. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro argumentou nesta quinta-feira (14) que existe um "desequilíbrio em desfavor do Brasil" na carteira de investimentos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco dos Brics.

"Os números mostram que é preciso trabalharmos juntos para superar o desequilíbrio em desfavor do Brasil na carteira de investimentos do NDB", declarou o presidente, numa sessão em que foram entregues relatórios das atividades da instituição financeira para os chefes de governo dos cinco países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). 

Estavam presentes na reunião com Bolsonaro, realizada no Palácio do Itamaraty em Brasília, os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), além do premiê Narendra Modi (Índia) e do dirigente da China, Xi Jinping.  

"O banco [NDB] é um dos resultados mais visíveis dos Brics e um aliado importante no esforço por um adequado financiamento de infraestrutura sustentável", acrescentou Bolsonaro. 

O Brasil é o país que menos recebe financiamentos do Novo Banco de Desenvolvimento. Os cinco países dos Brics aportaram o mesmo valor no NDB, US$ 2 bilhões cada um, dos quais a metade já foi integralizada.

No entanto, a concessão de crédito tem sido desproporcional. China e Índia receberam cerca de 30% dos repasses cada um, África do Sul, 16%, e Rússia, 14%. 

Para o Brasil, foi destinado um total de US$ 1,12 bilhão, equivalente a 9% do total emprestado pelo banco.

O banco oferece crédito por prazos longos, de até 30 anos, a juros que estão muito abaixo dos cobrados no mercado.

A presidência da instituição atualmente é exercida pelo indiano K. V. Kamath, também presente na reunião dos Brics em Brasília. 

Pelas regras estabelecidas pelos cinco países, um brasileiro deverá assumir o cargo em meados do próximo ano. 

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"Estejam certos do nossos especial empenho em indicar alguém que possa trabalhar ativamente para que o banco se consolide definitivamente e cumpra suas funções institucionais", declarou o presidente Bolsonaro sobre tema.

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