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Fim do bloco de controle faz Vale se tornar uma empresa 'sem dono'

Fim do bloco de controle faz Vale se tornar uma empresa "sem dono"

Efeito mais imediato da extinção formal do bloco de controle é a liberação para venda de 20,26% das ações dos principais acionistas. Fundos ainda mantêm poder de voto

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 16:42

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Portaria da mineradora Vale na unidade de Tubarão, em Camburi
Portaria da mineradora Vale na unidade de Tubarão, em Camburi. (Vitor Jubini)

Agora é oficial: a mineradora Vale é uma empresa sem dono. A extinção formal do bloco de controle é vista como mais uma etapa no processo de evolução da governança da mineradora. A assembleia de acionistas marcada para 2021 poderá dar o primeiro passo para definir se a empresa passará a ser oficialmente uma "corporation", jargão do mercado para definir companhias de capital pulverizado.

Oriundo da privatização da Vale, em 1997, o bloco de controle agora desfeito incluía a Litel e a Litela (que reunia os fundos de pensão, sendo a Previ o mais relevante), além de Bradespar (empresa de investimentos do Bradesco), o grupo japonês Mitsui e o BNDESPar (braço de investimentos do banco estatal de fomento).

Do ponto de vista da governança, uma empresa sem controle definido geralmente é considerada mais independente - uma vez que não há tantos assentos "carimbados" no conselho. Em abril de 2021, a Vale vai eleger os novos membros para as 13 vagas do colegiado. Atualmente, há apenas três nomes independentes.

Para auxiliar nessa renovação, a companhia criou, em julho, um comitê de nomeação, liderado pelo ex-presidente da Petrobrás e presidente do conselho da BRF, Pedro Parente, e Alexandre Gonçalves Silva, presidente do conselho da Embraer. O

O grupo deverá recomendar competências, perfis e nomes específicos para o conselho. Essas recomendações, no entanto, podem ou não ser aprovadas na reunião marcada para abril, o que dará um sinal mais claro se o fim formal do bloco de controle se concretizará na prática.

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