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Entenda o impacto do petróleo a US$ 80 para seu bolso

Entenda o impacto do petróleo a US$ 80 para seu bolso

Efeitos vão muito além do preço do combustível

Publicado em 17 de maio de 2018 às 15:20

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Produção de petróleo no mar. (Agência Petrobras/Arquivo)

O preço do petróleo ultrapassou a barreira dos US$ 80 o barril, o que não ocorria desde 2014. O conflito entre os Estados Unidos e o Irã e a crise na Venezuela - que tem reduzido a produção - ajudam a pressionar o custo do óleo. Mas o que significa o petróleo a US$ 80 para o seu bolso? O impacto vai muito além do preço do combustível. Confira a seguir as principais influências:

PREÇO DE GASOLINA

Gasolina. (Divulgação)

 

O impacto mais direto da alta do petróleo hoje no Brasil se dá no preço do combustível. Isso porque desde o ano passado a Petrobras adotou uma nova política de reajuste de preços de gasolina e de diesel, que permite mudanças até diárias, de acordo com a oscilação no mercado externo. Para se ter uma ideia, os preços de gasolina subiram 17,95% nos doze meses até abril, segundo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Até o ano passado, a Petrobras tinha uma política diferente de preços, com reajustes menos frequentes para o consumidor. Com isso, a empresa assumia o risco da oscilação do preço da commodity no mercado externo e podia perder ou ganhar.

OUTROS PREÇOS

Preços de alimentos e outros produtos sofrem impacto do custo do frete, que sobe por causa da alta do petróleo e do combustível Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/entenda-impacto-do-petroleo-us-80-para-seu-bolso-22690604ENTITY_sharp_ENTITYixzz5FlybXs7q stest . (Marcelo Prest)

 

A alta dos preços de combustíveis começa a se espalhar por outros produtos, gerando um impacto mais amplo no orçamento doméstico. A primeira influência se dá nos custos de transportes, como ônibus e passagens aéreas. Só que também afeta o frete, que por sua vez se reflete em uma gama maior de itens, de alimentos a produtos industrializados.

DÓLAR

Dólar. (Reprodução/ Pixabay)

 

A produção de petróleo dos Estados Unidos está crescendo e as previsões são de que o país em breve se torne o segundo ou até o maior produtor de óleo do mundo. Essa mudança de cenário altera o impacto de uma alta de petróleo, que agora tende a favorecer a economia americana. Com a atividade econômica mais aquecida nos EUA, cresce a aposta de uma alta de juros mais intensa por lá. Quanto maior os juros nos EUA, maior é a atratividade para os investidores, que tendem a deixar outros mercados, como emergentes, incluindo o Brasil. Diante desse fenômeno, a tendência é de valorização de dólar. O mundo já vive um fenômeno global de alta da moeda americana.

JUROS

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A valorização do dólar que vem sendo observada nas últimas semanas nos mercados emergentes, que pode ser intensificada por uma alta do preço do petróleo, já motivou uma parada na redução dos juros no Brasil. Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu e manteve a taxa Selic (taxa básica de juros) em 6,5% ao ano: a expectativa era de mais de uma queda. Só que juros mais altos significam condições mais restritas para o crédito, o que dificulta a recuperação ainda gradual da economia brasileira.

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