Publicado em 16 de julho de 2023 às 10:35
"Faça um curso e ganhe dinheiro na internet abrindo seu próprio negócio." Ou: "O sucesso é rápido e garantido". Promessas desse tipo aparecem com frequência nas redes sociais, mas especialistas advertem que é preciso tomar cuidado para não cair num golpe. "Não é de uma hora para a outra que a pessoa vai começar a vender 'rios' e fazer muito dinheiro em cima disso. É preciso ter muita cautela", diz o professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito da USP Roberto Augusto Pfeiffer. >
Os chamados gatilhos mentais utilizados para convencer as pessoas a comprar os cursos são muito eficientes porque agem sobre as vulnerabilidades — financeira e mental. "Ganhe dinheiro rapidamente"; "sucesso garantido"; "método testado"; "aprenda com quem já faz há muito tempo"; "tenha a liberdade que tanto busca"; "trabalhe de casa" e inúmeros outros.>
A especialista em economia comportamental e fundadora da consultoria InBehavior Lab, Flávia Ávila, explica que essas armas são usadas para fazer com que as pessoas não parem para pensar sobre o tema.>
Em vendas de cursos na internet, um dos vieses (truques) mais comuns é o da "escassez": é ressaltada ao consumidor a ideia de que há poucas vagas ou que o tempo da promoção é limitado. Isso induz a pessoa a não raciocinar muito e sentir que é melhor fechar logo o negócio.>
>
Isso não quer dizer que todos os cursos vendidos na internet sejam ruins ou golpes disfarçados. Mas, como afirma o consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max, é necessário estar preparado para separar o "joio do trigo".>
Há alguns temas que são muito vendidos em cursos on-line com promessa de ganhos imediatos. O mais "quente" atualmente é o dropshipping. Essa prática consiste em não ter um estoque físico. O empreendedor on-line atua como uma espécie de intermediário entre o fornecedor e o consumidor final. >
Max explica que esse setor é extremamente complexo e demanda uma compreensão razoável de negócios e de área jurídica. "Nesses cursos, eles dão uma lista de fornecedores, mas vai ser o mesmo fornecedor para todo mundo. Então, pulverizou a informação." >
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta