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Empreendedores do ES aderem ao live shopping para impulsionar vendas

Empreendedores do ES aderem ao live shopping para impulsionar vendas

As vendas ao vivo, feitas principalmente pelo Instagram, ganham cada vez mais espaço e têm sido usadas por empreendedores do Estado para conquistar novos clientes

Publicado em 3 de junho de 2023 às 18:24

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Empreendedores do ES aderem ao live shopping
Karol Lenzi faz live shoppings para vender semijoias. (Fernando Madeira)

Embora tenha surgido na Ásia antes da pandemia, as live shoppings — transmissões ao vivo voltadas para vendas — foram impulsionadas pelo período de isolamento social como uma maneira de as lojas continuarem faturando. Uma das redes mais usadas é o Instagram e, ao longo da apresentação, vão sendo anunciados os produtos, tamanhos disponíveis e preços. Muitas vezes, também é feito um tour para mostrar o estabelecimento.

No casos dos pequenos negócios, é comum os próprios donos apresentarem os itens à venda. Já grandes lojas acabam recorrendo a influenciadores. 

Esse jeito de vender pela internet está ganhando cada vez mais espaço e continua sendo uma alternativa dos empreendedores para incrementar os ganhos. Mas por que o formato faz tanto sucesso?

Um dos motivos é que a live shopping é um dos formatos que mais aproximam o consumidor da experiência de comprar em loja física. Isso acontece porque o vendedor aproveita a transmissão para mostrar o produto em detalhes e consegue tirar dúvidas em tempo real, com o cliente no conforto da sua casa.

Na Grande Vitória, lojistas de vários segmentos investem na modalidade para impulsionar as vendas.

Empresária no setor de acessórios femininos, Karol Lenzi começou com as vendas das suas semijoias pelas transmissões ao vivo durante a pandemia, e a modalidade acabou sendo um sucesso, tanto é que mantém a realização das lives até hoje, principalmente nas épocas de grandes promoções no início e no meio do ano.

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Uso as lives para substituir as promoções de loja e tenho preferido, porque tenho visto mais adesão de venda nas transmissões do que na loja física. E percebo também que o público da live é diferente do da loja

Karol Lenzi
Dona de loja de semijoias
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Nas transmissões feitas por ela, que costumam durar até oito horas, os descontos são expressivos, podendo chegar a 60%. “Vou apresentando os produtos por código, e as pessoas interessadas vão perguntando por eles, pedindo para separar e colocam o tamanho, quando é o caso. Separamos todas as vendas, e os clientes já começam a buscar no dia seguinte”, conta.

Decoração

Também foi durante a pandemia que uma loja de decoração em Jardim Camburi, em Vitória, viu na live shopping uma oportunidade para continuar vendendo, principalmente em um momento em que as pessoas começaram a se voltar para suas casas e investir mais em conforto. O designer de interiores e responsável pela comunicação visual da LitDecor, Cristiano Andrade, disse que, naquela época, faziam vendas pelas transmissões ao vivo de 15 em 15 dias.

Passado o período de isolamento e reabertura das lojas, os clientes pediram para eles continuarem as lives, porque já estavam acostumados a interagir. "Agora, todo mês mantemos uma live e aproveitamos a temática, como Páscoa e Dia das Mães. A próxima será Dia dos Namorados. Mas sempre mostramos uma promoção. Para o cliente é bom porque é uma oportunidade de compra, e também ajuda a loja, que precisa trocar de coleção", detalha Cristiano, que é quem faz a apresentação.

E ele destaca também como toda a equipe da loja se envolve na transmissão. Cristiano é quem fica na frente da câmera, mas outros funcionários trabalham em conjunto, separando as peças vendidas e anotando o contato dos clientes que reservaram a peça. Tudo fica separado para comprador buscar nos dias seguintes, após as vendedoras fazerem contato. 

Live shopping
Cristiano Andrade, designer de interiores, e o decorador Renato Borges fazem live shopping . (Carlos Alberto Silva)
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Um diferencial da nossa live é que, como sou designer, além de mostrar o produto, dou dicas de como usar e aplicar em casa, o que aumenta o interesse do cliente e mostra a versatilidade do item. Também aproveitamos o momento para fazer um tour pela loja, mostrando a vitrine, o que muitas vezes atrai o cliente a visitar a loja depois 

Cristiano Andrade
Designer de interiores e responsável pela comunicação visual da LitDecor
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Público infantil

A empresária Kris Fabiola Valente tem uma loja de roupas infantis e viu na live shopping uma maneira de continuar a vender durante a pandemia, quando os clientes ainda estavam com receio de ir até a loja. No começo, as transmissões duravam até cinco horas. E o sucesso foi tanto que continua a fazer com frequência até hoje, pelo Instagram.

“No início, eram mais nossos clientes, mas nas últimas que fizemos começamos a atingir um público diferente. E também costumamos variar os temas. Já fizemos lives de roupas para meninas, outras para meninos e para o público teen (adolescente). E, às vezes, essas de meninos dão mais resultado do que de meninas”, conta.

Para Kris, esse formato de venda tem sido uma maneira de conquistar novos clientes também na loja, porque, depois da transmissão, os que vão buscar os produtos acabam conhecendo mais coisa e levando, além de retornarem em outras oportunidades.

LIve shopping
Kris Fabiola da loja Baloo costuma fazer live shopping . (Carlos Alberto Silva)

Oportunidade de comprar com desconto

A servidora pública Renatha Diniz Campana costuma aproveitar as lives para comprar produtos principalmente pelos descontos  oferecidos.

“Comecei no final da pandemia comprando roupa para meu filho. Depois, comecei a ver as lives das lojas que eu conhecia. Gosto de comprar pela modalidade pelos descontos e pela comodidade. Já aproveitei várias oportunidades, principalmente roupa com até 70% de desconto”, conta.

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