O Banco Central (BC) decidiu manter a Selic (taxa básica de juros) em 6,5% ao ano - pela terceira vez consecutiva. Essa era a expectativa do mercado, diante do ritmo lento de recuperação da economia e da inflação - Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sob controle, principalmente para 2019 - que é foco da autoridade monetária nesse momento.
Segundo a última pesquisa Focus realizada pelo BC junto às instituições financeiras, a projeção para o índice de preços está em 4,10%, ainda com margem em relação à meta fixada para o próximo ano, de 4,25%.
Neste ano, por causa da greve dos caminhoneiros, a inflação acumulada em 12 meses, encerrados em junho, ficou em 4,40% (próxima à meta de 4,50% para 2018), mas o movimento de alta já começou a se dissipar. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encerrou julho em 0,17%, bem abaixo da inflação apurada em junho, que foi de 1,26%.
Outra variável importante na decisão do Copom, a taxa de câmbio, está relativamente equilibrada na casa dos R$ 3,75. Por causa das incertezas do cenário político com as eleições, o dólar deve subir novamente, encostando em R$ 4,00. Contudo, analistas do mercado entendem que o BC não tem o que fazer neste momento, a não ser esperar o desfecho do processo eleitoral.
Para estimular a economia, o BC corta os juros desde outubro de 2016, quando a Selic era de 14,25% ao ano. Atualmente, nem mesmo um juro básico menor que a metade do de quase dois anos atrás fez com que a atividade decolasse.
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