Estúdio Gazeta
Cesan
De acordo com a Unicef, os eventos climáticos extremos têm interferido nos padrões do ciclo da água, consequentemente, dificultando o acesso à água potável. No mesmo relatório, é ressaltado que 74% dos desastres naturais de 2001 a 2018 foram relacionados à água, incluindo secas e inundações.
Outro estudo, este divulgado pelo Banco Mundial, mostra que a escassez desse elemento tão básico e importante para a vida em consequência dos eventos causados pela mudança climática pode custar a algumas regiões até 6% do seu PIB, além de estimular a migração e gerar conflitos.
Portanto, é mais do que necessária a gestão inteligente da água, principalmente quando se fala na regularidade do seu abastecimento. Para a diretora de Engenharia e Meio Ambiente da Cesan, Kátia Côco, os recursos hídricos são importantes no diálogo sobre as mudanças climáticas.
“As mudanças climáticas não são mais eventos que a gente vê para o futuro. São eventos atuais. Hoje, podemos trocar experiência do que está sendo feito neste momento para a preservação dos mananciais e também um planejamento futuro para a gente evitar grandes desastres futuros”, afirma.
A gestora foi uma das palestrantes do painel Atitude Sustentável, que contou ainda com a participação do ex-ministro do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Carlos Carvalho, o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Terra, Juliano Salgado, a gerente Socioambiental da Fundação Renova, Juliana Bedoya e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni.
Promovido por A Gazeta com apoio da Cesan, o evento discutiu sobre as iniciativas relacionadas a esses temas e também os impactos das mudanças climáticas no Espírito Santo.
Kátia Côco destacou a importância que a água tem para o negócio da operadora de saneamento e as ações realizadas pela Cesan para conservação hídrica. “A Cesan tem que garantir a regularidade do abastecimento e que não falte água para a população. Por isso que, quanto mais se mantém o meio ambiente preservado, mais iremos garantir a nossa reserva hídrica”, diz.
Segundo Kátia Côco, a Cesan tem projetos de implementação direta para a recuperação ambiental tanto pelo reflorestamento quanto para a disponibilidade hídrica com a construção de barragens. “A água é hoje o principal negócio da Cesan. Ter água em disponibilidade em quantidade e qualidade é importante para o negócio. A Cesan capta a água nos mananciais, trata e distribui para a população”, complementa.
Ainda sobre a gestão inteligente dos recursos hídricos, ela conta que até 2030 todos os 53 municípios atendidos pela Cesan deverão ter 99% de cobertura, adiantando o Marco Legal do Saneamento, que estabelece que 99% da população deve ser atendida com água potável e 90% da população com coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, com possibilidade de ampliar até 2040.
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