Estúdio Gazeta
Luma Ensino
Papel importante na construção de um ser humano, a educação é, talvez, o ponto mais importante na vida de crianças e adolescentes. No entanto, os neurodivergentes, pessoas em que o processamento de informações no cérebro é alterado por uma ou mais condições neurológicas – em casos como autismo, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia, entre outros – podem ter desafios de aprendizado maiores em relação aos alunos neurotípicos – que não possuem neurodivergências. E, muitas vezes, isso pode estar acontecendo dentro de uma mesma sala de aula e sem nenhuma atenção especial.
Para atender à necessidade dos alunos que enfrentam desafios diários na educação tradicional, a startup capixaba Luma Ensino proporciona aos alunos neurodivergentes um atendimento on-line, individualizado e personalizado.
Com o Trilha Luma, por exemplo, é feito um diagnóstico educacional a fim de identificar as principais dificuldades. A partir disso, um professor, com as características correspondentes ao aluno, é selecionado e é elaborado um plano de aprendizado individual, com foco em melhorar o aprendizado.
“A ‘Trilha’ consegue atender os alunos neurodivergentes de maneira mais detalhada. Muitas vezes, ele não vai caminhar junto da turma, então, quando olhamos o que ficou para trás e vemos o que está impedindo ele de crescer, conseguimos trabalhar em cima disso”, explica o diretor Operacional e Pedagógico da Luma, Murilo Carvalho.
Ele reforça que há um pedagogo acompanhando o desenvolvimento do aluno, além dos relatórios de progresso, elaborados e apresentados tanto aos pais quanto à escola, como forma de detalhar o trabalho realizado.
Desde a pandemia, o ensino on-line tem se tornado cada vez mais presente na vida de alunos e professores. Além da praticidade e do conforto, a modalidade pode ser um facilitador no aprendizado de alunos neurodivergentes.
“Em alguns casos, como o autismo, o estudante tem uma ‘bateria social’ que se esgota muito rápido dentro da sala de aula. No Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), qualquer barulho adjacente tira, completamente, o foco dele. Na Luma, é sempre o aluno e o professor. Assim, conseguimos deixá-lo mais confortável para trabalhar a confiança no aprendizado”, reforça Murilo.
Daniel Boneli é um desses alunos que, a partir da abordagem personalizada da Luma, conseguiu superar os desafios do ensino tradicional. A mãe Michelli Boneli relata que o filho teve um desenvolvimento muito eficaz e os resultados foram bem satisfatórios. Confira o relato no vídeo abaixo:
Apesar dos benefícios, há também desafios a serem superados. E para o diretor Operacional e Pedagógico da Luma, Murilo Carvalho, a maioria começa em casa. Em especial, pela resistência dos pais em aceitar a neurodiversidade dos filhos.
Ele também externaliza que o ponto principal para o progresso de uma criança ou adolescente neurodivergente é a busca de condições necessárias. “Isso perpassa a consciência dos pais, afinal, são eles que irão se situar das condições dos filhos e procurar meios de atender a essas necessidades”, pontua.
Na dúvida quanto à escolha entre o ensino individualizado e o tradicional, o diretor destaca que o caminho é trilhar uma atuação conjunta. Segundo ele, enquanto o ensino tradicional cumpre o papel, o ensino individualizado deve ser um complemento, como a “peça que falta do quebra-cabeça”.
“É uma virada de chave que muda tudo. Os desafios que te travam quando você é neurodivergente, não são os mesmo de quando você é neurotípico. Eles precisam de um método diferente de ensino. O ensino tradicional possui elementos de sociabilidade e estímulos de atividades em grupo, coisas que são fundamentais para esses alunos”, finaliza.
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