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Publicado em 4 de junho de 2025 às 15:49
As provas objetivas do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos, estão previstas para serem aplicadas no dia 5 de outubro. E apesar do edital ainda não ter sido divulgado, os candidatos já podem começar a se preparar para encarar a maratona de exames. Já os teste discursivos devem ocorrer em 7 de dezembro.
A segunda edição do CNU vai oferecer 3.625 vagas, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário. Serão 2.480 oportunidades imediatas e 1.172 para cadastro de reserva. Parte dessas vagas, 2.041, foram autorizadas nesta terça-feira (3).
O professor de administração geral e pública do Estratégia Concursos Herbert Almeida lembra que houve apenas uma edição deste modelo de prova e, por isso, ainda não há uma base de exames suficiente para definir exatamente quais são os assuntos mais cobrados.
“A gente vê uma tendência pelo estilo do governo, de quais são os temas que eles gostam de cobrar. No último concurso, por exemplo, tivemos em conhecimentos gerais direitos humanos, políticas públicas e ética no serviço público, que são assuntos de interesse geral. Esses são temas que os candidatos devem ficar atentos”, comenta.
Para Almeida, os interessados devem começar a estudar os conhecimentos gerais e não entrar nos conhecimentos específicos, por enquanto.
Sobre a possibilidade dos oito editais serem unificados, Almeida salienta que ainda é cedo para saber como vai funcionar essa unificação. Segundo ele, isso deve gerar uma maior uniformização dos conteúdos cobrados.
“Por outro lado, nós vamos ter um concurseiro muito generalista. Então sim, nós teremos uma maior uniformização dos conteúdos cobrados. Mas será que isso realmente vai ser bom para selecionar um profissional para atuar em áreas específicas? Só o tempo vai dizer.”
Ele lembra que a maior dificuldade dos candidatos foi entender como seria a prova, além de não saber exatamente o que estudar. O professor comenta ainda que os editais foram separados por blocos, cada um deles com um estilo generalista.
“Recomendo os candidatos a estudarem os conhecimentos gerais com uma carga horária menor, já que no primeiro exame para os cargos de nível superior teve um nível de dificuldade muito baixo e generalista. Por isso, o ideal é começar agora. A parte de conhecimentos específicos deve ter uma dedicação maior quando tivermos uma definição de como vai ser os testes”, salienta.
Antecedência
O conteúdo cobrado no CNU é extenso. Esperar o edital ser publicado, com previsão para julho, pode acabar deixando o candidato sem tempo suficiente para estudar com qualidade. O professor do Estratégia Concursos Bruno Bezerra destaca que começar agora permite que o aluno construa uma base sólida e chegue no pós-edital com mais segurança e foco.
Exercício
Usar a prova anterior como base para os estudos é uma estratégia eficaz para se familiarizar com o estilo da banca examinadora, entender os temas mais exigidos e o padrão das questões. O professor ressalta que usar o teste como modelo permite um estudo mais direcionado, especialmente em conhecimentos gerais, que tendem a manter uma estrutura similar de edição para edição. “Também é uma forma do candidato treinar e melhorar o tempo de prova”, destaca Bezerra.
Conhecimentos gerais
Existem disciplinas que são comuns em todos os blocos temáticos porque tratam de assuntos centrais da Administração Pública. São matérias que tiveram grande peso na primeira edição do CNU e devem continuar sendo destaque nesta edição. O especialista recomenda direcionar os estudos para temas como Direitos Humanos, Ética no Serviço Público, Administração Pública, Democracia, Realidade Brasileira, Sustentabilidade, Políticas Públicas. O professor Herbert Almeida acrescenta ainda a matéria chamada Administração Pública, que na verdade é uma parte de Direito Administrativo, e também na parte de Democracia houve um tópico de Direito Constitucional. “A gente poderia aplicar isso a políticas públicas, direitos humanos, ética, direito administrativo e constitucional, e também a administração financeira e orçamentária. Esses seis temas estavam em conhecimentos gerais e é o que eu recomendo estudar nesse primeiro momento para o CNU”, finaliza.
Material
Evite estudar com apostilas genéricas ou conteúdos aleatórios da internet. O ideal é investir em materiais feitos especificamente para concursos, que sigam o estilo das bancas organizadoras. A recomendação é optar por cursos que ofereçam PDFs, vídeoaulas e questões comentadas. Assim, o candidato adapta os estudos ao seu estilo e otimiza a aprendizagem.
Rotina
Mais importante do que estudar por muitas horas seguidas, é criar uma rotina que equilibre aprendizado, revisão e descanso, visando uma preparação de qualidade. Segundo Bezerra, organizar o tempo entre teoria, exercícios e revisões é indispensável na rotina de estudos. Estudar em blocos com pausas regulares, como 50 minutos de estudo e 10 minutos de descanso, por exemplo. Ele também orienta incluir momentos de lazer e sono adequado para manter a saúde mental em dia até a prova”, finaliza.
Fonte: Bruno Bezerra e Herbert Almeida, professores do Estratégia Concursos
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