Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Depois do rigor na Copa do Mundo, arbitragem muda estilo na Supercopa

Wilton Sampaio pecou no controle disciplinar do jogo entre Palmeiras e Flamengo, tolerando reclamações e protestos dos jogadores

Publicado em 30/01/2023 às 22h56
Lance durante partida entre Palmeiras e Flamengo, pela final da Supercopa do Brasil
Lance durante partida entre Palmeiras e Flamengo, pela final da Supercopa do Brasil. Crédito: Leonardo Prado/Futura Press/Folhapress

O jogaço, como foi tratada a final da Supercopa do Brasil, terminou com titulo do Palmeiras após vitória por 4 a 3 sobre o Flamengo. Porém, a partida teve a polêmica arbitragem de Wilton Sampaio, que foi destaque na última Copa do Mundo. Ele acertou no lance em que marcou pênalti a favor do time rubro-negro e também ao marcar o pênalti para o Palmeiras no toque de mão do Everton Ribeiro dentro da área.

Porém, Wilton Sampaio pecou muito no controle disciplinar do jogo do último sábado (28). Tolerou reclamação e protesto dos jogadores das duas equipes, principalmente os do Flamengo.

Everton Ribeiro fez e falou o que quis com o árbitro, chegando a chutar a bola para fora de campo de forma acintosa sem receber a devida punição. Alguém pode dizer que ele expulsou bem o treinador Abel Ferreira, do Palmeiras, o que, cá entre nós, não é nada difícil. Afinal, o técnico não joga e está fora de campo com os chiliques de sempre. Então, fica muito mais fácil agir com rigor.

Uma atitude a favor do árbitro foi a de não cair na "malandragem" do goleiro Weverton, do Palmeiras, que saiu da sua área para provocar Gabigol, sabendo que o camisa 10 do Flamengo já tinha o cartão amarelo. Felizmente, Wilton percebeu e contornou a situação, sem dar cartão. Caso contrário, resultaria na expulsão do atacante rubro-negro.

Outro lance discutível foi o quarto gol do Palmeiras. Os torcedores do Flamengo alegam equivocadamente impedimento por interferência do atacante palmeirense no goleiro Santos, mas o gol foi confirmado de maneira correta.

Me parece que, ao apitar na Copa do Mundo (que é um torneio curto no qual a Fifa não abre mão da aplicação da regra), os árbitros trabalham de uma forma rigorosa. Mas, em jogos de competições nacionais em seus países, onde o árbitro vai trabalhar o ano inteiro diante dos mesmos times e jogadores, a acomodação prevalece e o rigor não é o mesmo. Ou seja: a famosa "média" entra em campo.

A final da Supercopa foi um grande jogo, mas não se pode falar o mesmo do desempenho da arbitragem.

Por exemplo, no clássico carioca em que o Botafogo venceu o Fluminense por 1 a 0, o novato árbitro Bruno Mota não refrescou na disciplina e expulsou o técnico Fernando Diniz e o zagueiro David Braz, ambos no banco do Fluminense, além de ter advertido Paulo Henrique Ganso por reclamação logo no início do jogo. Aliás, o time tricolor não tem nenhum motivo para reclamar, pois desperdiçou um pênalti bem marcado pelo árbitro e acabou perdendo o jogo de forma justa.

Falando em disciplina, aqui pelo Capixabão, o jogo em que a Desportiva venceu o Atlético Itapemirim por 2 a 0 teve 42 faltas — e algumas delas muito duras. O árbitro Rafael Garcia tolerou tudo sem pelo menos aplicar dois cartões vermelhos necessários para acalmar os ânimos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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