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Sistemas de freio: como funcionam e como saber o momento certo para a troca das pastilhas?

Um dos itens mais importantes de um veículo, os freios precisam estar em perfeitas condições para o uso e segurança de todos

Publicado em 15/09/2023 às 17h10
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O motorista precisa ficar atento a alguns sinais específicos para saber quando trocar os freios. Crédito: Shutterstock

O sistema de freio está entre os itens mais importantes de um veículo e, no momento da frenagem, os freios realmente precisam estar em perfeitas condições para o uso e segurança do motorista e dos passageiros.

Hoje vamos compartilhar com os amigos leitores de A Gazeta dicas bem importantes sobre os sistemas de freio.

Como funciona o sistema de freio a disco?

O sistema de freio a disco funciona por meio de atrito de alguns componentes. Ele é composto por uma parte fixa na estrutura do carro que se denomina pinça de freio e por uma parte móvel que gira com as rodas.

É o atrito resultante do contato dessas peças, ou seja, a pastilha sendo pressionada no disco de freio, através das pinças, que gera uma força que se transforma em calor que, por sua vez, converte-se em energia mecânica e faz com que o carro pare o movimento.

Interessante aqui destacar o que é o freio a disco ventilado. Esse sistema contempla dois discos mais finos unidos por uma camada interna que permite a passagem do ar entre eles. Assim, o disco se torna mais eficiente porque resfria mais rápido.

E como funciona o sistema de freio a tambor?

O freio a tambor é um sistema mais antigo e menos custoso. Ele é composto de tambor, lonas de freio e cilindro. Quando o pedal de freio é acionado pelo motorista, a pressão é transmitida pelo fluido de freio até o cilindro que contém os pistões responsáveis por empurrar as sapatas contra a superfície interna do tambor que, por sua vez, gira em conjunto com a roda do carro. A força do pedal entra em contato com o tambor e as lonas de freio presas às sapatas produzem um atrito, realizando, assim, a frenagem do carro.

A dúvida agora é: o freio a disco é mais eficiente do que o freio a tambor?

Podemos afirmar que sim. O freio a disco é mais eficiente do que o freio a tambor. Isso porque o disco é capaz de dissipar mais rapidamente o calor provocado pela frenagem e as pastilhas de freio têm um poder mais eficiente de frenagem do que as lonas de freio.

Nos últimos anos o sistema de freio ABS se popularizou e sua eficiência é tão relevante que vale aqui um espaço neste artigo.

A sigla ABS vem da expressão em inglês Antilock Braking System. Trata-se de sistema eletrônico que complementa o freio e evita que as rodas sejam travadas em uma frenagem de emergência.

O sistema de freio ABS conta com vários sensores que indicam quando a frenagem pode causar o travamento de uma ou mais rodas. Por esse mecanismo, o freio aplica pressão e solta continuamente por alguns segundos, pinçando de forma muito rápida o disco ou tambor para evitar que as rodas travem ou o carro derrape no asfalto.

Mas, então, quais seriam as vantagens do sistema de freios ABS?

A resposta aqui é certeira. Os freios com sistema ABS impedem o travamento das rodas e permitem que o motorista mantenha o controle da direção. A distância de frenagem também é menor, uma vez que o sistema é mais eficiente na resposta.

Uma dúvida que é muito frequente entre os motoristas é se pode ser considerada uma anomalia o pedal do freio trepidar em frenagens com o sistema ABS?

Fiquem tranquilos, motoristas. Sim, é normal. Esse episódio acontece quando o sistema impede o travamento das rodas. É justamente o sinal de que o ABS está funcionando de forma correta. Por isso, o motorista deve manter sempre a pressão total no pedal de freio, até que o veículo pare completamente.

Troca das pastilhas

Já falamos das diferentes modalidades de sistemas de freio e agora vamos tratar de uma dúvida recorrente dos motoristas sobre a hora certa para realizar a troca das pastilhas de freio no sistema de freio a disco, que é o mais presente nos veículos em circulação.

A resposta aqui não é uníssona. Isso porque cada fabricante tem a sua recomendação própria, de acordo com os estudos realizados em cada segmento e destinação do uso do automóvel.

Podemos aqui, então, falar em tempo médio. Assim, tratando-se de um carro novo de passeio, com as pastilhas e discos novos, temos a média de durabilidade na monta de 30 a 40 mil km.

Agora, muitas variações daí são possíveis. Se o carro, por exemplo, é muito utilizado em percursos íngremes, numa estrada com muitas curvas e descidas, o gasto das pastilhas de freio passa a ser maior, com consequente diminuição da vida útil, não só das pastilhas, mas também dos discos.

Sinais para a troca

E os leitores de A Gazeta podem estar se perguntando: como eu, motorista, vou identificar os sinais indicativos de pastilha e disco de freios gastos?

A resposta aqui posso dizer que é, de certa forma, simples. Basta que o motorista esteja atento a alguns sinais específicos que vou esclarecer a partir deste momento.

Além de perceber a perda de eficiência nos freios, o motorista pode observar que o pedal fica mais baixo. Numa revisão preventiva do veículo, por exemplo, a aferição ocorre pela análise da espessura da pastilha de freio que, à medida em que vai sendo gasta, vai reduzindo a sua espessura, devendo ser respeitada a marca limite de segurança de 2 milímetros.

Outra evidência perceptível é o sinal sonoro. Se quando o freio for acionado, o veículo começar a apresentar um chiado tipo ferro com ferro, é sinal de que já foi gasta toda a pastilha de freio, comprometendo, por consequência, o disco de freio. A recomendação de segurança aqui é: pare imediatamente o veículo e transporte para avaliação da oficina mecânica de sua confiança.

A dica que eu deixo hoje é: faça a manutenção preventiva do sistema de freio do seu veículo. Assim você, motorista, e os seus passageiros estarão muito mais seguros.

Até a próxima coluna!

Forte Abraço!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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