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Comida boa pra cachorro

Comida boa pra cachorro

Quem disse que os pets não sabem apreciar pratos bem feitos e saborosos? Atentas a isso, três profissionais descobriram um mercado pouco explorado e cheio de gostosuras para eles

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 12:10

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Os carros-chefes da Petscando, de Giane Mantovaneli e o marido, são os cãopcakes, as cãoxinhas, os cãoburguers, as quibolinhas e os biscoitinhos naturais. (Divulgação)

Quando Luli, uma pinscher miniatura, começou a passar muito mal, sua “mãe”, Julia Duarte de Souza, iniciou uma verdadeira via-crúcis por vários veterinários para tentar descobrir o que havia de errado com a sua “filha de quatro patas”. Mas ninguém descobria. “Essa fase foi muito difícil, ela sofreu bastante, e não conseguia comer nenhuma ração, vomitava tudo”.

Triste com a situação, Julia decidiu fazer algumas receitas em casa e ajudar a sua cachorrinha a se alimentar. Troca ingredientes daqui, troca ingredientes dali, até que ela descobriu que o problema de Luli era intolerância à proteína do frango. E finalmente encontrou a fórmula. “A partir de então ela melhorou totalmente”, lembra. E como Júlia sempre esteve envolvida com a causa animal e ouvia histórias de donos cujos cães e gatos tinham problemas alimentares, resolveu estudar a fundo o assunto. “Acabei descobrindo um mercado pouco explorado, o de alimentação natural para pets. E assim nasceu a startup Luli Chef”.

Os shih-tzus Sara e Fendi e sua “mãe”, a advogada Aliadny Bis: festa de aniversário com as guloseimas da Petscando. (Divulgação)

Segundo Julia, a alimentação natural é uma tendência mundial e os tutores estão mais conscientes de como isso é importante para a qualidade de vida de seus mascotes. A alimentação natural é capaz de melhorar a saúde de cães e gatos, já que ela, comprovadamente, aumenta a absorção de nutrientes e a energia metabolizada, melhora a hidratação, as funções digestivas e intestinais, as alergias e deixa o pelo mais bonito. “É nisso que acredito. Por isso os produtos que ofereço não têm conservantes, não têm corantes e são elaborados com ingredientes frescos e de qualidade”.

A Luli Chef trabalha com alimentação para cachorro adulto, com grão e sem grão, para cachorro idoso, para cachorro filhote e está desenvolvendo uma linha vegana para cachorro adulto - além de petiscos gourmets. “Logo mais os gatinhos também vão ganhar uma linha especial”.

Mais saúde

Chef Luli. (Divulgação)

Assim como a cachorrinha Luli, o shih-tzu Monsieur Futon, começou a rejeitar ração aos três anos. Na época, sua “mãe”, a servidora Rita de Cássia Ignatowska, peregrinou por vários veterinários, mas os exames não apontaram nada de diferente. “Não era um problema de saúde e nem emocional, ele continuava ativo, só não queria se alimentar. Fiquei muito preocupada”, lembra.

Até que um dia, Futon roubou um biscoito de um humano e se lambuzou. “Percebi, então, que o problema era mesmo a ração e resolvi fazer umas receitas usando bife de fígado, sem tempero. Coloquei para cozinhar na água sem sal, com outros ingredientes naturais, e não é que o danadinho comeu tudo? E assim fui mudando, dia após dia, usando abóbora, brócolis, inhame. E ele comia tudo. Foi um alívio”.

Mas Rita tinha consciência que precisava de ajuda para elaborar uma dieta balanceada para o seu “filho de quatro patas”. Até que um dia se deparou com a Luli Chef, gostou da história de Julia, e começou a alimentar Monsieur Futon com as suas receitas. “A mudança foi da água para o vinho, tudo melhorou, tanto os níveis das taxas de sangue, quanto à manutenção do peso”, lembra.

cãoxinha da Petscando. (Divulgação)

Rita conta que o mais difícil foi encontrar um veterinário que ajudasse na elaboração da dieta. “A maioria não aceita ainda a alimentação natural para pets, prefere sempre a ração, embora isso esteja mudando”.

A cada 30 ou 40 dias, Julia leva para Monsieur Futon vários pratos separados em porções, que são colocadas no congelador e retiradas diariamente para alimentá-lo. “Também mantenho uma rotina de caminhadas diárias. A gente anda de 1h40 a 2 horas duas vezes ao dia. Ele adora!”, conclui Rita.

Aniversário animal!

E que tal fazer uma festa para o seu “filho de quatro patas” só com guloseimas feitas com ingredientes que os pets toleram? É exatamente isso que a Petscando oferece. Tudo começou quando a empreendedora Gianine Mantovaneli. Apaixonada por animais, ela resolveu fazer uma festa de aniversário para o seu cachorro, o Pingo Cabrero, e buscou uma receita na internet. “Sempre tive habilidade para decoração, e acabou que ficou tudo muito lindo, postei as fotos nas redes sociais, e fez o maior sucesso. Um monte de gente começou a se interessar. Foi assim que nasceu a nossa microempresa”.

O diferencial das guloseimas é a aparência, parecida com as dos petiscos humanos. “São os chamados petiscos humanizados. A gente só usa nas receitas farinha sem glúten, aveia em geral, frango, fígado e legumes variados. E nada de sal, açúcar e temperos”. Os carros-chefes da Petscando são os cãopcakes, as cãoxinhas, os cãoburguers, as quibolinhas e os biscoitinhos naturais e o bolo red velvet. “Mas cada tutor deve ficar atento ao que o seu animal pode consumir”, alerta.

Rita com Monsieur Futon. (Fernando Madeira)

Piquenique pet

Este ano, em maio, os shih-tzus Sara e Fendi e sua “mãe”, a advogada Aliadny Bis, ganharam uma festa de aniversário com as guloseimas da Petscando. “Eu queria uma festa com o tema piquenique. Além de contratar a Petscando para montar o cardápio pet, chamei a PicNic Vitoria para fazer a decoração. Ficou tudo lindo. Claro que colocamos também uma mesa com guloseimas para humanos”, lembra Aliadny.

“A Fendi e a Sara só comem ração, mas adoram as guloseimas da Gianine. Principalmente as cãoxinhas, as bolinhas de cenoura, os bem-latidos e os sorvetes. Nunca passaram mal, mas não exagero, né?”

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Segundo Aliadny, existe um grupo de donos de shih-tzus no watsapp e muitos comparecem nessas festas para trocar experiências e se divertir. “Normalmente, os animais ficam nas coleiras e são soltos para brincar, mas eles são comportados, não avançam nas mesas para comer as guloseimas, só mesmo quando os donos oferecem. E sempre se lambuzam. De vez em quando, claro, um mais espertinho foge e consegue roubar um petisco. Faz parte, né?”

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