É psicológa, pedagoga e teóloga com doutorado pela PUCSP. Se tornou uma cientista do comportamento para compreender o que move os relacionamentos humanos

Saúde mental: como vemos e vivemos nosso mundo interno

A desordem instalada gera uma pessoa que comete disparates contra o ser. Por isso, ela perde o equilíbrio e até a saúde mental

Publicado em 22/01/2021 às 02h00
Atualizado em 22/01/2021 às 02h02
Saúde mental
Ao jogarmos um holofote em nossas profundezas, o que vemos? Somos capazes de deixar toda a “dor fantasiosa” escapar de nossas almas e fazer cessar cada estímulo à fantasia que alimentamos diariamente? . Crédito: Freepik

A saúde de cada um está diretamente relacionada ao senso de realidade, a visão que temos do nosso mundo interior e exterior, que é o que equilibra nosso ser, posto que nosso universo e a nossa vida acontece tanto do lado de dentro, quanto o de fora.

Ora, então, vigiemos e nos dediquemos ao que é real, seja em que lado for. Enxerguemos o real e nos responsabilizemos pelo plantar de nossos pés no chão.

Ao jogarmos um holofote em nossas profundezas, o que vemos? Somos capazes de deixar toda a “dor fantasiosa” escapar de nossas almas e fazer cessar cada estímulo à fantasia que alimentamos diariamente? A cura está em nos vermos e vivermos! Ver e viver o comum, o simples, o coerente. Ver e viver a raiz, sem superlativos.

Gina Strozzi

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"O adoecimento nasce num porão escuro, não conseguimos enxergar nada! Lá, há ventos e ventanias onde nossos olhos não veem os objetos (conteúdos) que são sacudidos, bagunçados, desorganizados, desordenados... Não somos capazes de conter a baderna e nem fechar as janelas."

A desordem instalada gera uma pessoa que comete disparates contra o ser. Por isso, ela perde o equilíbrio e até a saúde mental, pela simples razão de que a alma não se deixa enganar, e, ao seu modo, exige por respeito próprio. E o modo como a alma protesta é mediante o desequilíbrio, seja ele como for.

Insônias, alergias, paralisias, tumores, depressões de humor, mente incansável, vícios de toda ordem, profunda infelicidade, fobias inomináveis, paranoia de conspiração, fetiches, demônios psicológicos, fixação em amarguras, obesidades, culpas intermináveis. Nisso tudo elegemos a nós mesmos como judas do nosso automassacre. Tudo é erupção de uma catarse de contornos patológicos.

Doença mental é como ir à festa, mas a casa do luto nos acompanhar. É uma percepção que, conquanto não nos roube a normalidade nas condutas, mexe intrinsecamente com nossa interpretação de quase tudo. Exame dos nossos enganos e autoenganos são necessários cotidianamente. Olhemos para dentro e para fora, para as encenações da vida e nossa própria capacidade inventiva.

Gina Strozzi

psicóloga

"Uma das marcas da saúde mental é a alegria de ser, amar, conhecer e participar da vida, fazendo isso com amor e bom-senso; e sem medo da dor. Com os pés no chão  como abertura para a jornada terapêutica de cura"

Ninguém terá um caminho de vida exterior com mais significado do que o caminho que existe em seu coração!

Sua mente, sede dos conteúdos que treinam nossos olhos, é a matéria-prima da edificação de nosso caminho. Se ver e imaginar um caminho de vida. O mundo é criado pelo olhar que enxerga, vê, interpreta, assimila e se projeta.

Saibamos, a saúde da mente começa pelo o que nossos olhos reconhecem em nós, por dentro. Limpemos as lentes e busquemos sem miopias a melhor visão possível - pois nosso olhar faz o nosso mundo.

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