Colunista de Esportes

Não é só o título da Libertadores que está em jogo para o Flamengo

Rubro-Negro tem a chance de consagrar um elenco que atua de maneira encantadora

Publicado em 23/11/2019 às 05h30
Atualizado em 23/11/2019 às 05h30
Gabigol e Borré disputam o protagonismo da partida. Crédito: Infográfico/Marcelo Franco
Gabigol e Borré disputam o protagonismo da partida. Crédito: Infográfico/Marcelo Franco

Quando a bola rolar no gramado do Estádio Monumental, em Lima, no Peru, pontualmente às 17h (Horário de Brasília) deste sábado (23) estará em jogo muito mais que o título da Libertadores. Do lado do Flamengo, a oportunidade de consagrar um elenco que atua de forma encantadora como há tempos não se vê no Brasil e ver uma torcida soltar um grito de campeão que foi ouvido pela única vez em 1981. Na ótica do River Plate, a possibilidade de conquistar a América pela quinta vez e presentear um trabalho de reconstrução de um gigante que foi ao fundo do poço no futebol argentino, mas foi capaz de se reerguer e retomar seu lugar entre os grandes. 

As campanhas dos dois clubes revelam muito sobre o contexto e a forma de cada time atuar. O Rubro-Negro, um traumatizado com a Libertadores, fez uma primeira fase cercada pelo medo da eliminação precoce, que se acontecesse, não seria pela primeira vez. O Flamengo flertou com a eliminação até a última rodada da fase de grupos, mas avançou e exorcizou o fantasma. Tranquilo e em evolução, o Fla passou pelo Emelec com boa dose de emoção. A partir das quartas de final, atuações irretocáveis contra os rivais brasileiros. Classificação categórica diante de Internacional e um massacre técnico em cima do Grêmio, comandado pelo polêmico Renato Gaúcho.

Paralelo ao sonho da Libertadores, o elenco comandado por Jorge Jesus pulverizou os rivais na corrida pelo título do Campeonato Brasileiro, que se tornou apenas uma questão de cumprir formalidades para os cariocas. As atuações nos últimos jogos credenciam o Flamengo às chances reais de bater o River Plate e levantar a taça ao fim dos 90 minutos finais da competição continental. 

Está claro que o torcedor rubro-negro tem motivos para acreditar. Entretanto, um rival do tamanho do River Plate não pode ser descartado. Os argentinos estão na quinta final de Libertadores em cinco anos e estão acostumados a jogos desse tipo. Nesta edição do torneio só deixaram o campo de jogo com a derrota uma única vez. Marcelo Gallardo tem o elenco na mão e seu time joga com uma segurança notável. Não se afobou nem diante do arquirrival Boca Juniors na semifinal. Venceu em casa com maestria e jogou com o regulamento na Bombonera para chegar à final. O atacante Borré é a grande esperança de gol dos argentinos. 

No fim das contas, expectativa de um jogo equilibrado. O máximo que posso deixar é a sabedoria de Júnior, ídolo do Flamengo e hoje comentarista da TV Globo, que conversou com este colunista durante a semana. “O jogo é 50% pra cada lado. Mas quero dizer que se o Flamengo repetir as grandes atuações que teve não somente pela Libertadores, como o primeiro tempo do jogo contra o Grêmio lá em Porto Alegre, eu acho que as possibilidades realmente crescem para que o Flamengo possa ganhar o título”, declarou.

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