Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Argentina nem precisou jogar muito para vencer o Brasil

Seleção Brasileira é limitada, é composta por muitos jogadores medianos e precisa melhorar muito para a Copa do Mundo do Catar

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 11/07/2021 às 02h00
Neymar é um dos poucos que se salva na Seleção
Neymar é um dos poucos que se salvam no elenco da Seleção Brasileira. Crédito: Thiago Ribeiro/Agif

Foi-se o tempo em que era prazeroso ver o Brasil em campo. Uma Seleção a cada dia mais distante do brasileiro, composta por muitos jogadores medianos e alguns que passariam até por ilustres desconhecidos em meio a qualquer avenida lotada. O time comandado por Tite é dona de um futebol medíocre, a ponto de perder um título em casa para um rival que nem precisou ser tão superior assim para sair de campo com a taça.

Foi nesse contexto que o Brasil foi derrotado pela Argentina por 1 a 0 na noite deste sábado (10), em jogo válido pela final da Copa América. A Seleção Brasileira, que buscava sua décima taça da competição, viu os Hermanos conquistarem o 15º título do torneio continental. Depois de 28 anos, a Argentina voltou a conquistar um campeonato, e quis o destino que fosse em cima do Brasil, em pleno Maracanã.

O Brasil comandado por Tite nunca encantou, mas sempre se mostrou um time seguro. Pragmático, mas eficiente. E foi assim na primeira fase da Copa América. Mas quando a competição entrou nas fases de mata-mata, o nível de atuação caiu. Duas vitórias pelo placar mínimo, mas ainda assim a confiança em conquistar o título, afinal, o nível de futebol jogado por aqui na América do Sul é bem fraco.

Mas o limitado time brasileiro não conseguiu superar uma organizada Argentina. O time que tem em Messi sua grande estrela nem precisou de uma grande atuação para vencer o jogo. Bastou um lance, em que contou com a falha do lateral brasileiro Renan Lodi, para Di Maria chegar ao gol e depois se defender com eficiência. Messi, astro da seleção, longe de seus melhores dias, nem precisou ser decisivo.

Di Maria marcou o gol do título argentino
Di Maria marcou o gol do título argentino. Crédito: Thiago Ribeiro/Agif

A forma como o Brasil perdeu é preocupante. Um time sem repertório, sem criatividade e com um futebol pobre. Neymar tentando carregar o jogo sozinho, com pouco talento técnico ao seu redor. Um time de operários, de atacantes marcando laterais, que quer roubar a bola, mas não sabe o que fazer quando a tem. Tite visivelmente desesperado no segundo tempo. Encheu o time de atacantes sem nenhuma organização. Tentou virar o jogo no abafa, sem nenhuma outra estratégia. Muito pouco para um técnico de Seleção Brasileira. 

Ano que vem tem Copa do Mundo. O Brasil vai. Mesmo sem faturar a Copa América, ainda sobra no continente, lidera a Eliminatórias com folga e será presença certa mais uma vez no Mundial. Porém,  terá que melhorar demais para não passar vergonha. Ouso dizer que vai precisar de um pouco de sorte para pegar um grupo mais fraco e conseguir embalar na competição. 

Principalmente pelo nível de futebol que acompanhamos na Eurocopa até mesmo de seleções nem tão badaladas assim como Dinamarca e Suíça, por exemplo. É bom Tite rever seus métodos e preparar um time mais forte no ano que vem, isso é se ele ficar no cargo até lá.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Copa América Futebol neymar Seleção brasileira

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.