Jornalista de A Gazeta. Há 10 anos acompanha a cobertura de Economia. É colunista desde 2018 e traz neste espaço informações e análises sobre a cena econômica.

Economia dinâmica e transformadora no Espírito Santo

A transformação pela qual estamos passando é uma das facetas do dinamismo que a própria economia, aliada à tecnologia, trouxe para as nossas vidas

Publicado em 29/09/2019 às 06h00
Atualizado em 29/09/2019 às 06h00
Economia dinâmica e transformadora. Crédito: Shutterstock
Economia dinâmica e transformadora. Crédito: Shutterstock

Trazer informações, fazer análises e conversar com você, leitor, é um privilégio. Estou neste espaço há pouco mais de um ano e já são cinco fazendo parte da equipe de Economia de A Gazeta. Um orgulho para mim!

Mas antes mesmo de chegar até aqui, A Gazeta sempre foi uma referência. Cubro há mais de 10 anos as notícias ligadas ao segmento econômico e, ao longo desse período, sempre valorizei o que as páginas deste jornal trouxeram para o leitor. Aliás, antes de imaginar que escolheria o jornalismo como profissão, a leitura deste periódico já fazia parte da rotina.

Por isso me sinto à vontade para destacar a relevância do conteúdo apurado e publicado pela equipe de profissionais de A Gazeta. Não estou apenas advogando em causa própria. É um relato sincero de quem consumiu a notícia como estudante, cidadã, concorrente e hoje integrante deste time.

Independentemente da relação que tive com o jornal em cada época, o que sempre me fez escolher A Gazeta como fonte de informação foi a credibilidade, a confiança que podia ter em cada notícia. Na última década, agora sim puxando sardinha para a minha seara, minha motivação vinha de buscar conhecimento e estar por dentro dos principais fatos que mexem com a economia do Estado.

Várias manchetes e páginas escritas por colegas e ex-colegas referências do jornalismo econômico – e aqui cito duas, Denise Zandonadi e Rita Bridi – me ajudaram a entender o que hoje busco traduzir para você.

Temas como royalties, Fundap, gargalos da nossa infraestrutura, comércio exterior, direito dos consumidores, relações trabalhistas, novos negócios, finanças públicas e investimentos. Enquanto veículo de comunicação, este jornal cobrou ações do poder público, denunciou irregularidades, noticiou conquistas dos capixabas, prestou serviço à sociedade... Tudo isso sempre fez parte do DNA de A Gazeta ao longo dos seus 91 anos de história.

Hoje, terminamos um ciclo, o de levar a notícia para você diariamente por meio das páginas impressas do jornal. A partir de agora o que muda é apenas a forma de entregar este conteúdo. Todos os outros pontos seguem com o mesmo compromisso que você já conhece.

A transformação pela qual estamos passando é uma das facetas do dinamismo que a própria economia, aliada à tecnologia, trouxe para as nossas vidas. O transporte, os serviços bancários, a medicina, a advocacia e a agricultura são alguns exemplos dessa efervescente mutação. Por que a forma de nos comunicar e noticiar passaria imune a tudo isso?

Você que é empregado de carteira assinada, empresário, servidor público, trabalhador informal, do lar, estudante, aposentado. Não importa a profissão, a idade, a classe social ou onde vive, você também é parte das inúmeras mudanças que acontecem em todo o mundo e sabe muito bem que precisa se atualizar e melhorar sempre.

Ao deixar o impresso diário, estamos nos propondo a melhorar e, mesmo sem chegar fisicamente na sua casa toda manhã, queremos nos aproximar. Por isso, fica o meu convite para você, que já me acompanha neste espaço, passar a ler, ver e ouvir o que vou produzir nas plataformas digitais por meio do site www.agazeta.com.br.

Todos os dias vou trazer informações exclusivas, bastidores e análises sobre o que está acontecendo na cena econômica do Espírito Santo. Ou seja, a coluna que, no jornal, era publicada três vezes por semana, estará ainda mais atualizada no on-line.

Além disso, faço parte do time de colunistas que vai escrever para o jornal de final de semana, que todo sábado estará disponível para os nossos assinantes e também nas bancas. Outra novidade é o podcast “Papo de Colunista”. Eu, Vitor Vogas (de política), Leonel Ximenes (cotidiano) e Rafael Braz (cultura) vamos trazer todas as quintas-feiras informação e análise em um papo descontraído.

Fica aqui o meu agradecimento por acompanhar a coluna desde julho de 2018 e também o convite para que faça parte desta transformação. Te encontro nas plataformas digitais. Até mais!

A sinceridade que faz bem para as contas públicas

Mansueto de Almeida é secretário do Tesouro Nacional. Crédito: TCES | Divulgação
Mansueto de Almeida é secretário do Tesouro Nacional. Crédito: TCES | Divulgação

A palestra dada pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, na última semana, em Vitória, durante evento promovido pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo foi mais do que uma explicação do atual cenário fiscal vivido pelo país. Foi uma reflexão sobre os erros que vêm sendo cometidos nos últimos anos pelo governo, pelo Congresso e pela sociedade como um todo.

Mansueto trouxe números alarmantes do drama vivido na economia nacional, como o fato de 12 Estados brasileiros gastarem mais de 60% das suas receitas com pessoal, a dívida pública da União estar próxima de 80% do Produto Interno Bruto e o país conviver com uma alta carga tributária de 33% do PIB e, mesmo assim, ter suas contas deficitárias.

Mas tudo isso de certa forma não é novidade. A surpresa veio da sinceridade do economista na sua apresentação. Mansueto fez duras críticas a privilégios que são perpetuados no serviço público.

Mesmo em meio a uma plateia formada por muitos servidores, o chefe do Tesouro disse ser errado a categoria ter direito à revisão anual dos salários, dada a estabilidade na carreira e a atual inflação do país, na casa dos 3%. Ele, que também é funcionário público, criticou o serviço federal pagar para profissionais recém-formados um salário inicial de quase R$ 20 mil. “Um jovem de 22 anos, quando chega aos 32 anos e 34 anos, alcançou o final da carreira. Isso não é um bom plano de incentivos. Tanto para os funcionários quanto para o bom funcionamento da máquina.”

Outro gasto apontado por ele como “esquisito” é o pagamento de bônus de produtividade para inativos. Mansueto lembrou também das carreiras que têm férias de 60 dias e ainda recesso de 10. “O país precisa ter maturidade para debater a reforma administrativa, para debater regras de carreiras. Não faz sentido essas carreiras serem tão curtas e com salário inicial tão alto. Tem que desarmar e debater, mesmo sabendo que não é fácil.”

Apesar dos puxões de orelha, o economista fez questão de dizer que o funcionalismo não deve ser demonizado. Ele tem razão. Há muitos profissionais qualificados e comprometidos. Mas passou da hora de ajustes acontecerem.

Petrobras. Crédito: Agência
Petrobras. Crédito: Agência

Petrobras digital

O anúncio feito pela Petrobras nesta semana, de atualização da “Visão, do Propósito e das Estratégias para o Novo Plano 2020-2024”, dá uma pista de que a estatal pode estar se preparando para desocupar, ao menos em parte, suas plataformas do offshore. No comunicado, o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, trata a “transformação digital como uma poderosa alavanca para a realização de ganhos de produtividade e redução de custos”.

Operações a distância

Na prática, uma fonte acredita que isso significará tirar as salas de controle das embarcações e passar a fazer o monitoramento a distância. “A operação fica a bordo, mas toda a equipe responsável pela parte de inteligência desembarca. Isso não compromete a segurança e a empresa ainda consegue reduzir custos”, afirmou uma fonte ligada à Petrobras.

Atualmente, algumas atividades nessa linha já acontecem no Espírito Santo por meio do Centro Integrado de Operações (COI). O Módulo de Operação de PIG (MOP-1), uma plataforma fixa na costa de Anchieta, é desabitado e operado remotamente pelo COI.

PDV corporativo

O Programa de Desligamento Voluntário (PDV) lançado pela Petrobras nesta semana não deve alcançar o Espírito Santo, ao menos em volume. Isso porque ele é exclusivo para os empregados que trabalham no segmento corporativo. A leitura de uma fonte é que o processo deve englobar principalmente os profissionais que atuam na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Se tiver alguma adesão por aqui será pontual. Questionada sobre quantos trabalhadores do ES têm perfil para aderir a esse e outros dois PDVs em andamento, a Petrobras não respondeu à coluna.

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