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Exportação de rochas ornamentais do ES encolhe no ano de 2023

Nos primeiros sete meses, o valor exportado encolheu 11,07% na comparação com o mesmo período de 2022. Expectativa é de melhora no segundo semestre

Publicado em 11/08/2023 às 03h50
Vitória Stone Fair
Vitória Stone Fair, no Pavilhão de Carapina, Serra. Crédito: Carlos Alberto Silva

As exportações de rochas ornamentais do Espírito Santo, o maior produtor e beneficiador do país, seguem com o pé no freio. Nos primeiros sete meses de 2023, o valor exportado encolheu 11,07% na comparação com o mesmo período de 2022 - de US$ 613,9 milhões para US$ 545,9 milhões. Nesse ritmo, o volume de vendas para o exterior não superará, no ano, a marca de US$ 1 bilhão alcançada em 2022 e 2021. Os dados foram compilados pelo Centrorochas (Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais).

No primeiro semestre de 2023, foram comercializados US$ 447,03 milhões, 12,4% abaixo dos US$ 510,57 milhões do primeiro semestre do ano anterior. Se o resultado se repetir no segundo semestre (o mês de julho, o primeiro da segunda metade do ano, seguiu a mesma toada), o bilhão de dólares não será alcançado.

Alguns fatores explicam o mercado mais fraco. A subida dos juros nos Estados Unidos, o grande comprador da produção capixaba exportada (mais de 60%) deu uma segurada no mercado da construção civil de lá. A economia chinesa, segundo maior importador das rochas capixabas (13%), também não acelerou da maneira imaginada no começo do ano. Outro fator que vem atrapalhando é a competição cada vez mais dura com os materiais artificiais produzidos por China e Índia.

"Temos tudo isso, mas, é importante lembrar, que a base de comparação também é muito alta. O segundo semestre de 2020 e o ano de 2021 foram muito fortes, acima da normalidade (em 2021, as exportações de rochas do Estado bateram em US$ 1,11 bi). Muito embora estejamos em queda, os números ainda são muito relevantes", assinalou Tales Machado, presidente do Centrorochas.

O dirigente disse acreditar que as vendas ao exterior alcançarão US$ 1 bi. "O frete marítimo está bem mais competitivo que no ano passado e já observamos uma melhora nas compras da China. Creio que teremos um segundo semestre melhor e manteremos nosso nível de vendas do ano passado".

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