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Chuvas no Sul do ES: prejuízos de R$ 140 milhões a produtores rurais

Na semana passada, o governador foi a Brasília e levou uma conta que chegava ao R$ 740 milhões. Somando os prejuízos públicos e privados, a conta deve ficar bilionária

Publicado em 03/04/2024 às 14h39
As propriedades ruarais atingidas pelas chuvas no Sul do Espírito Santo perderam plantações já desenvolvidas e solos que estavam sendo preparados para novos plantios ficaram inundados.
As propriedades rurais atingidas pelas chuvas no Sul do Espírito Santo perderam plantações já desenvolvidas e solos que estavam sendo preparados para novos plantios. Crédito: Incaper

O Incaper, com auxílio das secretarias municipais de agricultura de alguns dos municípios afetados pela enchente do dia 22 de março, que afetou gravemente a região Sul do Espírito Santo, está concluindo um primeiro levantamento sobre os prejuízos causados aos produtores rurais. Entre perdas diretas na produção e nas estruturas internas das propriedades são mais de R$ 140 milhões. Mimoso do Sul, Alfredo Chaves e Muniz Freire, em termos de valores, foram os municípios mais atingidos.

No que diz respeito à produção, o prejuízo, neste primeiro levantamento, ficou em R$ 72 milhões. O café é a cultura mais atingida, mas também há prejuízos sérios na fruticultura, horticultura e na pecuária de corte e de leite. Os danos causados às estruturas internas das propriedades, infraestrutura privada, praticamente dobram este valor.

“É um levantamento ainda preliminar porque, mesmo quase duas semanas depois do evento climático, há lugares onde ainda não é possível chegar. Mais de 80% das perdas se deram na agricultura. A atividade do café, pelo tamanho, foi muito prejudicada, mas tivemos perdas na produção de banana, laranja, abacate, tomate, pimentão, folhas e milho. A bovinocultura de leite foi a atividade pecuária mais afetada, tivemos muitos problemas para escoar a produção”, enumerou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Um trabalho está sendo feito junto às instituições bancárias para que os produtores das regiões afetadas consigam alongar os prazos dos empréstimos  já tomados e para que tenham crédito, em boas condições, para recuperarem as estruturas produtivas e a infraestrutura interna das propriedades.

“Foram graves os prejuízos nas lavouras e também as perdas nas estruturas internas. Este levantamento leva em consideração o prejuízo direto do produtor. O indireto, que engloba as rodovias e vias estaduais e municipais, impactam muito, mas estão fora dessa conta”, destaca o secretário.

Na semana passada, o governador foi a Brasília e levou uma conta que chegava ao R$ 740 milhões. Somando os prejuízos públicos e privados, a conta deve ficar bilionária.

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