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ArcelorMittal: investimento no Ceará só reforça estratégia para o ES

Companhia anunciou compra de siderúrgica do Pecém, no Ceará, por US$ 2,2 bilhões. Executivos afirmam que planejamento para o Estado está mantido

Publicado em 28/07/2022 às 12h52
Companhia Siderúrgica do Pecém, comprada pela ArcelorMittal
Companhia Siderúrgica do Pecém, comprada pela ArcelorMittal. Crédito: Divulgação/ArcelorMittal

A ArcelorMittal anunciou, no começo da manhã desta quinta-feira (28), a compra da siderúrgica de Pecém, no Ceará. Um investimento de US$ 2,2 bilhões. A usina, com capacidade de produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano, era da Vale (50%) e das sul-coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%).

Em conversa com a coluna, Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos - responsável pela unidade de Tubarão e que vai comandar a planta comprada nesta quinta -, afirmou que a sinergia dos negócios vai bem além de um CEO único para as duas unidades.

"É um movimento que reforça a estratégia do grupo no Brasil e no Espírito Santo. Ninguém faz um investimento desse tamanho se não acredita no potencial. É a primeira boa notícia. Sobre Tubarão, nosso plano de verticalização, que significa agregar valor à nossa produção, está mais do que de pé. O grupo está ganhando ainda mais corpo, ampliando a sinergia dos negócios e vai manter o seu planejamento estratégico. A compra de Pecém, claro depois da aprovação do Cade, só reforça nossa estratégia global, dentro dela está o Espírito Santo", assinalou.

A ArcelorMittal quer agregar valor ao seu negócio, por isso está investindo forte em galvanizados, laminados e em outras tecnologias para o aço voltadas para eletrodomésticos, linha automotiva, construção civil e geração de energia solar. A unidade de Vega do Sul, em Santa Catarina, responsável por boa parte da produção desses produtos de alto valor agregado, está próxima do limite. Neste contexto, Tubarão é vista como a alternativa natural de expansão. Os acionistas já tomaram a decisão de que, daqui para frente, a planta de Vitória só receberá aportes voltados para produtos com mais tecnologia embarcada. A produção de placas de aço, berço da unidade, ficará onde está - 7,5 milhões de toneladas por ano.

Até 2024, a ArcelorMittal tomará a decisão do que fará e do tamanho do aporte em Tubarão. A ideia original é ampliar o laminador de tiras a quente e instalar um laminador a frio. Só isso já demandaria um investimento de bilhões de dólares. A intenção é que as novas instalações estejam operando em 2027. 

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