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A homenagem aos fundadores do ES em Ação e os alertas para o futuro

Empresários e executivos que colocaram de pé o movimento empresarial foram homenageados, nesta terça-feira (09), pelo governador Renato Casagrande, no Palácio Anchieta

Publicado em 09/07/2024 às 16h31
Entrega da Comenda Jerônimo Monteiro, Palácio Anchieta
Renato Casagrande discursa na entrega da Comenda Jerônimo Monteiro aos fundadores do ES em Ação, no Palácio Anchieta. Crédito: Ricardo Medeiros

A manhã desta terça-feira (09), no Palácio Anchieta, foi de homenagens aos fundadores do ES em Ação, movimento de empresários e executivos que serviu de coluna fundamental para tirar o Espírito Santo da grave crise enfrentada pelo Estado na década de 90 e início dos anos 2000. Receberam a Comenda Jerônimo Monteiro, mais alta honraria do Espírito Santo, Cariê Lindenberg (em memória), Sérgio Rogério de Castro (em memória), Alexandre Nunes Theodoro, Arthur Carlos Gerhardt (o mais aplaudido da cerimônia), Café Lindenberg, Carlos Aguiar, Ernesto Mosaner, João Gualberto, José Armando Campos, José Luiz Orrico, José Teófilo Oliveira, Luiz Wagner Chieppe, Nelson Saldanha, Nilton Chieppe, Orlando Caliman, Sérgio Tristão e Walter Lídio Nunes.

O dia serviu para lembrar de um passado recente muito complicado - empresas fugiam daqui -, da luta que foi para sairmos daquilo ali e para, muito importante, destacar os cuidados que devem ser tomados para não voltarmos àquele cenário de apodrecimento institucional. "É um evento de homenagens, mas que serve para lembrarmos o que nós passamos e isso é muito importante. A vigilância precisa ser permanente, as coisas não estão dadas, não está tudo resolvido e maravilhoso", disse, a uma plateia lotada de empresários, executivos e políticos, o governador Renato Casagrande.

O mandatário fez duras críticas ao que chamou de "ideologia estéril". "Lá atrás, essas lideranças que estão aqui sendo homenageadas se levantaram contra o apodrecimento das instituições. Tiveram atitude. Para assegurarmos o que conquistamos nas últimas duas décadas, temos de tomar cuidado com algumas ameaças. A ameaça do patrimonialismo, nós não podemos deixar o Estado nas mãos de lideranças que queiram usar a máquina (pública) em benefício próprio, e a ameaça do radicalismo, da ideologia superficial e estéril. Vejo muita gente, aqui e no Brasil, em luta política permanente, sem qualquer razão. Um governante precisa de dialogar com todos e construir um bom caminho. Foi assim que o Espírito Santo saiu da sua crise, com fortalecimento institucional e não com destruição institucional".

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, o único a citar o nome do ex-governador Paulo Hartung (2003 a 2010 e 2015 a 2018), também bateu firme na tecla do radicalismo. "Se o Espírito Santo estivesse vivendo aquela situação hoje, a polarização não permitiria a solução. Haveria debate sobre esquerda, debate sobre direita, debate sobre sexo dos anjos e nada sobre o Espírito Santo. Vejam a situação do Brasil, os governos mudam e os problemas seguem os mesmos. Hoje, não se debate o Brasil. O que foi feito aqui no Espírito Santo serve de lição".    

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