Um denso nevoeiro surpreendeu moradores da Grande Vitória na manhã desta quinta-feira (7). A neblina costeira – nome técnico do fenômeno climático registrado por leitores de A Gazeta nas orlas de Vila Velha e Vitória – chegou a cobrir edifícios próximos às praias e a prejudicar a visibilidade.
Israel Pestana Soares, especialista em qualidade do ar e mudanças climáticas e doutorando em meteorologia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP), contou para a reportagem que o surgimento da neblina tem relação com as altas temperaturas que atingem o Espírito Santo neste mês de março.
O especialista explica que o fenômeno é causado após uma massa de ar quente encontrar baixas temperaturas no mar, junto com alta umidade, durante as primeiras horas do dia.
A neblina costeira é comum em regiões costeiras e normalmente acontece durante o verão e a primavera, no início da manhã, quando a camada de mistura — altura entre o solo e a atmosfera onde acontece a dispersão de calor e poluentes — está baixa e tem como característica a densidade e o cheiro de maresia.
Segundo Israel, o nevoeiro vai se dispersando à medida que o sol aquece a superfície. A neblina atingiu bairros como Itapuã e Praia da Costa, em Vila Velha, além de Jardim Camburi, na capital do estado.
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