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Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 16:33
A cada ano que passa, os capixabas sentem na pele os efeitos das mudanças climáticas que atingem todo o planeta. O calor parece mais intenso, os termômetros registram temperaturas preocupantes e a busca por uma forma de se refrescar em meio ao calorão se torna uma necessidade. >
Diante desse cenário, muitas pessoas podem se perguntar: “já fez tanto calor assim no Espírito Santo?”. A resposta é sim. De forma surpreendente, os dias mais quentes desta década ainda não conseguiram superar um antigo recorde de temperatura registrado no Estado há mais de uma década.>
E a cidade responsável por ganhar o troféu (imaginário) da temperatura mais quente já registrada na história do Espírito Santo é: Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. No dia 31 de outubro de 2012, os termômetros da estação meteorológica instalada no município marcaram 43,0 °C. >
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) esclareceu que uma estação meteorológica foi instalada na cidade em 1925, e operou de forma regular até o ano de 1992. Após um longo período desativada, ela voltou a operar no ano de 2005 em outro lugar, o que ocasionou a geração de uma nova série de dados. >
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Ainda na primeira estação, Cachoeiro de Itapemirim também registrou um recorde de temperatura no dia 9 de janeiro de 1969, quando os termômetros marcaram 42,5 °C. Ambas as temperaturas são consideradas os maiores registros observados em todo o Espírito Santo. >
Outra cidade que registrou uma temperatura histórica é Marilândia, na região Noroeste do Espírito Santo. No dia 2 de janeiro de 2016, os termômetros atingiram 42,3 °C. A cidade fica bem próxima de Colatina, apelidada de “Calortina” em virtude das altas temperaturas vivenciadas por quem mora ou visita o município. >
Apesar de Colatina ganhar fama pelo calorão, não há nenhuma estação meteorológica instalada na cidade. Por isso, não é possível obter os registros históricos. A estação mais próxima é a de Marilândia, instalada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em 1976, em parceria com o Incaper, quando a cidade ainda pertencia ao município de Colatina. Uma curiosidade é que a emancipação só aconteceu quatro anos depois, em 1980.>
“Diante dos fatos, as duas localidades são consideradas as mais quentes do Espírito Santo, sendo que o maior registro absoluto ocorreu no município de Cachoeiro de Itapemirim”, explicou o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). >
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que também acompanha os registros históricos das temperaturas em todo o país, também reconhece Cachoeiro de Itapemirim como a dona do maior calor já documentado no Espírito Santo. Nos dados do Instituto, no entanto, apenas a marca de 42,5 °C, registrada em 1969, aparece oficialmente. >
Ainda assim Cachoeiro segue no topo do ranking das temperaturas mais quentes já registradas no Espírito Santo. Marilândia também permanece na lista, mas, nos dados do Inmet, a marca oficial na cidade é de 42,1 °C — uma pequena variação de 0,2 °C em relação ao registro do Incaper.>
Em Vitória, é comum ouvir expressões como 'dá até para fritar um ovo no asfalto' nos dias de calor intenso. O agravamento da crise climática e o aquecimento global têm influenciado essas condições, mas, para a surpresa de muitos capixabas, a maior temperatura já registrada na capital foi de 39,6 °C, há quase 20 anos.>
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