Eleito para ocupar uma cadeira no Senado pelo Espírito Santo, o consultor em segurança Marcos Do Val (PPS) é um dos 12 novos senadores, dentre 54, que possuem alguma dívida com a União, de acordo com levantamento do jornal "O Estado de S. Paulo", com base em dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Ao todo, os senadores eleitos e que teriam dívidas somam cerca de R$ 65 milhões. Desse valor, Do Val aparece com R$ 56.842,80, sendo R$ 51.956,38 referentes à dívida previdenciária, e R$ 4.886,42 referente à dívida tributária não previdenciária. Essa última diz respeito a pendências com a Receita Federal, como impostos, taxas e tarifas obrigatórias.
Os valores constam no chamado cadastro da dívida ativa (Cadin), em nome da empresa Cati Treinamento Policial Ltda, da qual o senador eleito é sócio. A quantia foi parcelada e está sendo paga, conforme informações do setor jurídico da empresa.
Segundo o advogado da empresa, Marcus Cristo, "os valores de impostos de atividades empresariais parcelados" ocorreram entre meses de 2004 a 2005. Ele informou que, nesse período, outro gestor estava à frente da administração da empresa, enquanto Do Val realizava treinamentos nos Estados Unidos. Isso teria feito com que o consultor soubesse tardiamente dos fatos.
A defesa de Marcos Do Val disse ainda que "não há dívidas do senador eleito com a PGFN, mas sim valores de impostos de atividades empresariais parcelados, conforme determina a lei 13.496/2017, oriundos de atividades de mais de dez anos atrás da empresa Cati Treinamento Policial Ltda".
"Ele (Marcos Do Val) só ficou sabendo disso recentemente, quando o valor já tinha crescido muito. Então, registrou o parcelamento e fez a resolução", afirmou Marcus Cristo.
Ele explicou que o pagamento começou a ser realizado no ano passado e, como possuem um prazo de até cinco anos estabelecido por lei, a previsão é que a dívida seja quitada em 2021.
A autora é residente em jornalismo. Texto sob supervisão de Samanta Nogueira
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