Publicado em 18 de dezembro de 2023 às 07:02
O empresário Rogerio Saladino dos Santos, 56 anos, morreu no sábado (16) durante uma troca de tiros com um policial civil no Jardim América, na zona oeste de São Paulo.>
Outras duas pessoas também morreram no tiroteio - a policial civil Milene Bagalho Estevam, 39, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), e um vigilante de 49 anos que seria funcionário do empresário.>
Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo indicam que Rogerio Saladino dos Santos era sócio da Biofast Diagnóstico S.A., uma empresa com atuação na área de laboratórios e com sede no Jaguaré, na zona oeste da capital. De acordo com dados da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), a empresa, fundada em 2004, atua principalmente na cidade de São Paulo, na Bahia e no Ceará.>
As investigações apontam que uma dupla de policiais civis estava na rua da casa do empresário na tentativa de obter informações sobre um furto ocorrido na região. De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Saladino recebeu a policial a tiros.>
>
"A policial e um colega estavam fazendo diligências na rua para colher pistas sobre um furto ocorrido no dia anterior, quando a vítima tocou a campainha de uma casa para pedir ao proprietário imagens das câmeras de segurança. O dono da casa, um empresário de 56 anos, recebeu a policial a tiros", diz a SSP, em nota.>
"O colega dela reagiu e acertou o atirador. Um funcionário, de 49 anos, pegou a arma do chão para atirar nos policiais e também foi baleado", acrescenta a secretaria.>
A policial e o empresário chegaram a ser socorridos, mas morreram no hospital. O vigilante morreu no local.>
A SSP afirma que as quatro armas envolvidas na ocorrência --duas dos dois policiais civis e duas do empresário-- foram apreendidas e que o local passou por perícia.>
Diz, ainda, que Saladino tinha "passagens por homicídio, lesão corporal e crime ambiental" e que "porções de drogas" foram encontradas na casa do empresário.>
Não foram dados detalhes sobre quando os crimes teriam ocorrido, nem se Saladino chegou a ser condenado por algum deles. A reportagem tentou contato com um advogado identificado em um processo de 2016 no qual o empresário esteve envolvido, mas não obteve retorno.>
Quanto à droga encontrada na casa de Saladino, a SSP não especificou a quantidade apreendida, nem o tipo de entorpecente.>
O caso foi registrado como homicídio e morte decorrente de intervenção policial na Divisão de Homicídios do DHPP, que investigará o caso.>
Milene estava na Polícia Civil havia sete anos e atualmente trabalhava no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Ela deixa uma filha de cinco anos. Neste domingo (17), uma homenagem à policial foi publicada no perfil da Polícia Civil no X, antigo Twitter.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta