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Sucuri famosa por vídeos morreu de causas naturais no MS, aponta perícia

Sucuri famosa por vídeos morreu de causas naturais no MS, aponta perícia

Anajulia foi encontrada já em estado de decomposição às margens do rio Formoso e reconhecida pelo documentarista Cristian Dimitrius

Publicado em 2 de abril de 2024 às 10:58

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Cobra de mais de 6 metros foi encontrada morta às margens do rio Formoso, em Bonito, no domingo (24)
Cobra de mais de 6 metros foi encontrada morta às margens do rio Formoso, em Bonito, no domingo (24). (Divulgação/Cristian Dimitrius)

O laudo da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul apontou nesta segunda-feira (1º) que a sucuri de grande porte encontrada morta às margens do rio Formoso, em Bonito (MS), na última semana, morreu de causas naturais.

Policiais militares ambientais localizaram a cobra no dia 24 de março, depois que o documentarista Cristian Dimitrius fez uma publicação nas redes sociais que denunciava a morte do animal. Ele filma cobras na região há dez anos e batizou a sucuri de Anajulia.

Guias turísticos do local viram a cobra boiando e a retiraram da água. Dimitrius disse à Folha que eles enviaram-lhe fotos. Pelas imagens, o documentarista reconheceu Anajulia, a partir das manchas que a espécie tem pelo corpo.

Na publicação, o documentarista indicou a possibilidade de a sucuri ter sido morta a tiros, mas o resultado da perícia confirmou os levantamentos iniciais, feitos na segunda-feira passada (25), que já descartavam a existência de perfurações por tiros ou qualquer outro objeto na cobra.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Anajulia foi encontrada já em estado de decomposição pelos guias. A Delegacia de Bonito abriu inquérito para investigar as causas da morte do animal e solicitou a perícia.

No dia 26 de março, uma equipe do Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul foi até o local onde a cobra foi encontrada para examinar a sucuri.

Raio-X da sucuri feito pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul mostra a integridade da cabeça da cobra
Raio-X da sucuri feito pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul mostra a integridade da cabeça da cobra . (Divulgação/Polícia Cientifica MS)

Perita criminal e veterinária, Maristela Melo de Oliveira disse que algumas hemorragias internas foram encontradas em Anajulia, mas, por causa do adiantado estado de decomposição da sucuri, não foi possível precisar a existência ou não de alguma patologia.

"Nós realizamos exames minuciosos em toda a pele do animal e foram encontradas apenas alguns arranhões não recentes na cabeça, o que é muito comum em sucuris, que são animais predadores", afirmou Maristela.

Após a análise, os restos mortais da cobra foram levados para o Instituto de Criminalística em Campo Grande (a 300 km de distância de Bonito), para exames complementares.

"Nós realizamos exames por raio-x na cobra, que poderiam indicar projéteis alojados ou quebramento de ossos, mas nada foi encontrado e descartamos efetivamente morte violenta ou por causas externas", disse o diretor do Instituto de Criminalística, Emerson Lopes dos Reis.

"Ela não foi acometida por uma morte violenta e, diante disso, resta como causa natural a morte desse animal", completou o perito.

A cobra já foi protagonista de reportagens e documentários especiais da BBC e apareceu em diversos conteúdos digitais.

A sucuri passará por um processo de embalsamamento, para preservar sua aparência, e será integrada ao acervo de animais das exposições da Polícia Militar Ambiental do estado.

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