A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS. Ele terá de cumprir medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, proibição de deixar o país e de participar de operações financeiras, e a obrigação de se apresentar periodicamente à Justiça. Ele estava preso desde setembro do ano passado, acusado de ter manipulado o mercado financeiro, antecipando-se aos impactos que a delação de executivos da empresa teria quando se tornasse pública.
Em setembro, o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, determinou a prisão de Wesley e do irmão dele, Joesley Batista, também dono da JBS. O STJ revogou agora as duas prisões, mas Joelsey continuará atrás das grades. Isso porque há contra ele outro decreto de prisão, dessa vez do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa dos irmãos alegou que a prisão era uma medida injusta e desproporcional. O relator do caso no STJ, ministro Rogerio Schietti, entendeu que a prisão decretada em setembro foi acertada. Mas lembrou que já se passaram vários meses desde então. Assim o risco de eles voltarem a cometer crimes diminuiu muito e medidas cautelaras são suficientes.
No STF, a última decisão contrária a Joesley foi tomada em 19 de dezembro do ano passada. Na ocasião, Fachin negou um novo pedido de liberdade ao empresário e a Ricardo Saud, executivo do grupo. Alternativamente a defesa solicitava a conversão da prisão preventiva em domiciliar, mas Fachin também rejeitou esse pedido. Joesley e Saud teriam omitido informações de suas delações premiadas.
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