Publicado em 8 de maio de 2020 às 10:10
No início de abril, Quitéria de Souza, de 57 anos, foi tomar banho e se surpreendeu ao não conseguir passar xampu nos cabelos. Fraca, ela precisou chamar uma filha para ajudá-la, o que ligou um sinal de alerta para a moradora de Itaquera (zona leste de São Paulo).>
"Fiquei assustada e cansada, com falta de ar. Depois saí correndo para o Hospital de Emergências Santa Maggiore, onde fiz o teste e descobri que estava com o coronavírus. De lá, fui transferida para a unidade do Paraíso, onde fiquei internada por cinco dias", conta Quitéria, explicando que não precisou ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Fiquei monitorada com os aparelhos, mas não cheguei a usar respirador.">
Em casa após se recuperar, ela afirma que continua fraca e o apetite está voltando aos poucos. "Até água eu não conseguia beber. Fiquei muito magra porque não estava me alimentando", lembra.>
Os principais sintomas sentidos pela dona de casa foram forte dor abdominal, perda de apetite, febre de 39º C/40º C e muita falta de ar, que tirava seu ânimo nas coisas mais simples.>
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Ela conta que os familiares se preocuparam com sua situação. "Meus parentes ficaram com medo de me perder. A gente dorme bem e acorda não podendo nem se mexer...", diz.>
Viúva, dona Quitéria mora com as filhas Paloma, 26 anos; Natália, 25, e Daniele, 22. As três apresentaram sintomas do novo coronavírus, mas não chegaram a fazer teste para confirmar. Mesmo assim, não precisaram ficar internadas.>
"Só a Natália teve pneumonia. Ela foi ao hospital e fez tomografia, mas tomou antibiótico e melhorou", diz Quitéria, lembrando que, quando internada, apenas a filha mais velha ia visitá-la. "Ela podia ficar só meia hora, mas eu nem queria que elas fossem.">
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