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Secretários de Saúde já esperam nova crise da vacina com falta de doses

Secretários de Saúde já esperam nova crise da vacina com falta de doses

De acordo com dirigentes, já é consenso, no Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), que as 6 milhões de doses distribuídas vão acabar rapidamente.

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 17:28- Atualizado há 3 anos

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As vacinas servem para estimular o sistema imunológico que passa a reconhecer agentes que causam doenças produzindo anticorpos
As vacinas servem para estimular o sistema imunológico que passa a reconhecer agentes que causam doenças produzindo anticorpos. (Freepik )

Os secretários de Saúde estaduais já esperam uma nova crise da vacina com a falta de doses suficientes para imunizar mesmo os profissionais de saúde de suas regiões

De acordo com dirigentes ouvidos pela reportagem, já é consenso, no Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), que as 6 milhões de doses distribuídas nesta segunda (18) pelo Ministério da Saúde vão acabar rapidamente. Um deles chegou a dizer que elas vão durar apenas três dias em alguns estados.

Já a pressão, na ponta, segundo o mesmo secretário, vai se intensificar -sem perspectiva de chegada rápida de novos imunizantes para hospitais e postos de saúde dos municípios, e a alta de casos de Covid-19, a cobrança deve aumentar.

Haverá, portanto, um intervalo largo de tempo entre a primeira fase da campanha, iniciada nesta segunda, e a distribuição de um segundo lote de vacinas.

O Instituto Butantan, por exemplo, tem apenas outras 4 milhões de doses já prontas para distribuição, e que ainda vão ser aprovadas pela Anvisa para poder ser disponibilizadas aos estados. O processo, agora, deve ser célere, já que a análise mais aprofundada do imunizante foi feita no domingo (17). Mas o número de doses é insuficiente para uma ampla cobertura vacinal.

VACINAS ATÉ MARÇO

No total, a instituição deve disponibilizar 46 milhões de doses até março - as 6 milhões que começaram a ser distribuídas hoje, as outras 4 milhões que vão ser aprovadas e mais 36 milhões que ainda não estão prontas. Pelo calendário, o Butantan tem até março para finalizá-las e depende da chegada do IFA, o princípio ativo da Coronavac, da China para produzi-las.

Já a vacina de Oxford/Astrazeneca só deve começar a ser disponibilizada em larga escala no Brasil depois de março pela Fiocruz.

O Ministério da Saúde tentou importar, da Índia, um primeiro lote de 2 milhões da vacina inglesa de forma emergencial. Fracassou num primeiro momento e segue em tratativas para efetuar a compra. O número de doses, de qualquer forma, é pequeno para o tamanho da população brasileira.

ES QUER NEGOCIAR COM LABORATÓRIOS 

Também prevendo a falta de vacinas para dar continuidade à campanha de imunização, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que vai continuar negociando com outros laboratórios que tenham aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  A informação foi repassada pelo governador Renato Casagrande durante entrevista à CNN Brasil na manhã desta segunda-feira (18).

O governador comemorou a decisão do governo federal de comprar e distribuir todas as doses da Coronavac. De acordo com ele, esse foi um passo importante para que todos os brasileiros recebam "um tratamento igualitário". Casagrande, no entanto, pontuou que isso não é um impedimento para que o governo do Espírito Santo mantenha contato com outros laboratórios.

"Isso não impede. Nós vamos continuar em contato com outros laboratórios que tenham aprovação na Anvisa e se a gente puder comprar para agilizar o plano estadual de imunização, nós faremos isso. Se a gente encontrar um fornecedor de vacina aprovada na Anvisa. Estamos felizes por estarmos começando com a coordenação do governo federal, mas se pudermos adiantar a vacinação no Espírito Santo, nós faremos. Até agora, não encontramos um fornecedor", afirmou.

Segundo o Ministério da Saúde, fazem parte desse primeiro grupo beneficiado no Espírito Santo 42.273 profissionais da área da Saúde, 2.793 indígenas, 2.970 idosos e 210 pessoas com deficiência.

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