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Saúde vai antecipar vacinação de profissionais de segurança da linha de frente da Covid

Saúde vai antecipar vacinação de profissionais de segurança da linha de frente da Covid

A ideia é que os profissionais sejam divididos em dois grupos, em que o primeiro seria alvo da antecipação e o segundo seguiria a ordem já prevista no plano de vacinação. Alguns Estados já anteciparam a vacinação de policiais

Publicado em 30 de março de 2021 às 21:07- Atualizado há 3 anos

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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, vacina profissionais da saúde
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, vacina profissionais da saúde. Alguns Estados saíram na frente do anúncio do Ministério. (Júnior Guimarães)

Em um momento em que alguns estados já têm alterado a ordem do plano de vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde informou nesta terça (30) que vai antecipar a imunização de profissionais das forças de segurança e salvamento e de membros das Forças Armadas que atuem em conjunto com equipes de saúde.

Segundo Francieli Fontana, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, a antecipação ocorrerá com base em critérios específicos.

"Fomos bastante demandados sobre isso e fomos buscar as atividades executadas. Muitos estão atuando no transporte de pacientes e na vacinação. Entendemos que alguns desses grupos devem ser atendidos já na próxima pauta tendo em vista essa atuação", disse a coordenadora.

A mudança foi aprovada em reunião com secretários estaduais e municipais de saúde. De acordo com Fontana, a ideia é que os profissionais sejam divididos em dois grupos, em que o primeiro seria alvo da antecipação e o segundo, seguiria a ordem já prevista no plano de vacinação.

COMO VAI SER

No primeiro grupo, alvo da antecipação, entram aqueles que atuam 1) no atendimento ou transporte de pacientes contra a Covid, 2) no resgate e atendimento pré-hospitalar, 3) na ações de vacinação e 4) na vigilância de medidas de distanciamento, "principalmente na vigilância das unidades básicas de saúde e outras unidades", diz.

No segundo grupo, que deve seguir a ordem do plano de vacinação, entram membros das forças de segurança que atuam em ações de apoio logístico à vacinação (mas que não ficam diretamente em contato com a população), que atuam no transporte de insumos para áreas de risco e aqueles que trabalham na vigilância de fronteiras, espaço aéreo, marítimo, além dos demais militares.

Documento apresentado na reunião sugere "iniciar com um percentual e ampliar de forma significativa". A pasta não divulgou qual seria esse percentual, nem qual o tamanho do primeiro grupo.

A previsão é que o primeiro grupo comece a ser vacinado já na próxima quinta (1), quando devem ser enviadas 9,1 milhão de doses aos estados.

Ao todo, o grupo das forças de segurança e salvamento é estimado em 584.256 pessoas. Já o das Forças Armadas, em 364.036. Fazem parte desse conjunto policiais federais, militares, civis e rodoviários, além de bombeiros militares e civis e guardas municipais.

COMO É HOJE

Atualmente, a ordem do grupos de vacinação prevê a imunização de profissionais de segurança e militares após a imunização de idosos (etapa atual), pessoas com comorbidades, população com deficiência, população prisional e trabalhadores de educação.

Representantes dos estados e do Ministério da Justiça, no entanto, têm pressionado para alterar a ordem de vacinação, alegando que o grupo atua na linha de frente da Covid.

A mudança também ocorre em um momento em que parte dos estados já antecipam a vacinação de forças de segurança por conta própria -apesar de as doses enviadas ainda visarem a trabalhadores de saúde, quilombola e idosos.

Conforme mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo, isso ocorre após forte pressão do setor devido ao aumento de mortes de policiais. De 18 unidades da federação que responderam, cinco adiantaram a vacinação dessa categoria.

Para a coordenadora do PNI, trabalhadores que atuam no atendimento ou transporte de pacientes, por exemplo, "já poderiam estar vacinados, porque são linha de frente e poderiam ser considerados como do setor saúde".

A reportagem questionou o ministério sobre como fica a nova orientação diante de estados que já vacinam esses grupos, mas ainda não teve resposta.

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