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Presidente do Republicanos declara apoio a Arthur Lira na Câmara

Presidente do Republicanos declara apoio a Arthur Lira na Câmara

Marcos Pereira, que é vice-presidente da Câmara e estava no grupo de Rodrigo Maia, queria entrar na disputa. Percebeu, porém, que o colega não cogitava a sua candidatura

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 10:30

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Votação de propostas legislativas. Vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira. Foto tirada em 08/12/2020
Vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira, estava no grupo de Maia . (Najara Araujo/ Câmara dos Deputados)

O presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), anunciou nesta quarta-feira (16) o apoio da bancada do partido à candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão e favorito do Palácio do Planalto para comandar a Casa nos próximos dois anos. A decisão representa um revés para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nos próximos dias lançará um candidato para enfrentar o nome chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Pereira é vice-presidente da Câmara e estava no grupo de Maia. O capixaba, eleito por São Paulo, queria entrar na disputa, mas percebeu que o colega não cogitava a sua candidatura, demonstrando predileção por Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). Com o racha, o Republicanos - que tem 31 deputados - resolveu engrossar a campanha de Lira.

"A bancada decidiu porque verificou um veto velado do Maia à minha pessoa", disse Pereira ao Estadão/Broadcast. Ao deixar o grupo, na semana passada, Pereira sinalizou que poderia lançar uma candidatura independente, como uma terceira via na disputa pelo comando da Câmara. "Não aceito entrar em jogo jogado", disse ele, na ocasião.

Planalto, porém, fez de tudo para Pereira respaldar Lira. O Estadão/Broadcast apurou que, caso o líder do Centrão não pudesse ser candidato, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apoiaria o presidente do Republicanos na disputa. Na avaliação do Planalto, Pereira sempre foi um aliado fiel, tanto que acolheu no partido os senadores Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ).

Lira afirma ter cerca de 170 votos, de nove partidos diferentes: Progressistas, PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, Pros e Patriota. Com a adesão do Republicanos, o grupo pode agora chegar a 200 parlamentares. Para ser eleito, são necessários 257. O bloco montado por Maia, por sua vez, reúne seis partidos (PSL, DEM, MDB, PSDB, Cidadania e PV) e 157 deputados. O grupo ainda negocia o apoio de legendas da esquerda, que somam cerca de 130 parlamentares.

Maia disse  que o Planalto tem estimulado uma candidatura própria da esquerda, nas últimas horas, com o intuito de enfraquecer uma frente mais ampla, liderada por ele. "Quem estimula hoje uma candidatura de esquerda é o governo", observou. Para ele, o Planalto está "oferecendo emendas e cargos" com o objeto de atrair votos para Lira.

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