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Presidente da Vale diz que barragem estava estável

Presidente da Vale diz que barragem estava estável

Executivo afirma que ela estava inativa há três anos

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 01:08

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Rompimento de barragem em Brumadinho, Minas Gerais. (O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse não ter palavras para descrever a tristeza com o que aconteceu em Brumadinho.

"Fizemos um esforço imenso para deixar nossas barragens na melhor condição possível, especialmente depois de Mariana. Infelizmente, o rompimento aconteceu. Isso é indesculpável. Mesmo assim peço desculpas a todos os atingidos, a toda sociedade brasileira, e dizer que não mediremos esforços para enfrentar essa questão da forma que deve ser enfrentada".

Em entrevista coletiva, o exectuivo afirmou que o laudo de uma consultoria alemã atestava que a barragem que rompeu apontava baixo risco, acrescentando que era inativa e que não operava há três anos. Segundo ele, apenas uma se rompeu e que uma segunda transbordou.

Segundo ele, a chance de contaminação será pequena porque havia apenas sílica na barragem rompida. Ele ressaltou os trabalhos feitos pela consultoria alemã TUV SUD, especializada em Revisão de Barragem.

"No dia 10 de janeiro foi feita a última leitura dos medidores. O último relatório enviado de auditoria externa foi em 26 de setembro de 2018, que atestava estabilidade do sistema".

O executivo destacou ainda que, desde a tragédia de Mariana, várias ações foram realizadas como revisões periódicas por empresas estrangeiras, Planos de emergência detalhados, implantação de sirenes, acrescentando não saber se estas funcionaram.

"Com a velocidade que ocorreu, a ação do rompimento foi muito rápida e não sabemos se a sirene foi eficaz. A Vale redobrou os cuidados e fez o que havia de mais moderno para manter a estabilidade em seu sistema, o que me preocupa agora é socorrer as pessoas atingidas".

Ao ser perguntado sobre “Mariana nunca mais”, em referência a uma declaração assim que assumiu, Fábio Schvartsman disse que o foco agora é ajudar as vítimas.

"Isso me virou do avesso. Não sabemos o que aconteceu. Não sabemos o que houve com a barragem. É cedo para ter qualquer tipo de informação. Estamos fazendo monitoramento em todas as barragens na região. A última coisa que queremos é mais um acidente. Quem cuida e tem a responsabilidade primária é o governo federal e estadual. A Vale está prestando todo o apoio às autoridades. Nosso foco agora é coma vida humana".

O presidente da Vale afirmou também que o acidente não deve afetar a produção da companhia, mas que a principal preocupação é com as vítimas.

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O executivo disse ainda que o rejeito não deve atingir o Rio São Francisco porque é seco e não tem como continuar correndo.

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