As embaixadas da Suécia, da Noruega, da Finlândia e da Dinamarca lançaram nesta sexta-feira (20) o projeto Diálogos Nórdicos, com a finalidade de incentivar o debate e a troca de experiências para que a sociedade brasileira alcance maior nível de consciência sobre a igualdade de gênero.
O projeto terá prosseguimento neste ano com a realização, em várias cidades brasileiras, de debates, exibição de filmes e outras atividades artísticas sobre igualdade de gênero.
Os Diálogos Nórdicos foram lançados na Embaixada da Suécia, que no momento preside o conselho de ministros dos países nórdicos. Segundo o embaixador da Suécia, Per-Arne Hjelmborn, para o país, a questão de igualdade de gênero é foco relevante de políticas de governo.
Cinquenta por cento dos participantes do governo sueco são mulheres e, entre 45% e 50% dos representantes dos países nórdicos (Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia) no Parlamento são do sexo feminino, disse Per-Arne Hjelmborn.
O embaixador da Noruega, Nils Martin Gunneng, ressaltou que a sociedade norueguesa tem consciência de que a maior participação das mulheres em setores importantes é fator determinante para o sucesso econômico e político do país. O cargo de primeiro-ministro na Noruega é ocupado por representante do sexo feminino [Erna Solberg] e outros ministérios importantes, como o das Finanças, também são ocupados por mulheres, disse Nils Martin Gunneng.
Além dos embaixadores nórdicos, participaram do envento a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, a diretora de Formação Profissional e Especialização da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Iara Alves, e a professora da Universidade de Brasília Flávia Biroli, que falou sobre Gênero e desigualdades no Brasil.
No lançamento do projeto, Nadine Gasman destacou que um dos grandes desafios brasileiros é elevar o papel das mulheres, superando as desigualdades. Ela lembrou que, para a Organização das Nações Unidas (ONU), o fortalecimento do papel das mulheres indígenas é um dos temas mais importantes.
Nadine mencionou ainda estatísticas segundo as quais, as mulheres no Brasil estudam mais, trabalham mais e ganham menos. Além disso, mulheres negras ganham 60% menos que as brancas. Sobre violência, ela afirmou que mais de 4,5 mil mulheres são assassinadas todos os anos no Brasil.
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