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ONU alerta que situação de ativistas no Brasil é 'sombria'

ONU alerta que situação de ativistas no Brasil é 'sombria'

Entidade diz que assassinato de Marielle faz parte de um contexto mais amplo de violência contra defensores de direitos humanos no País que precisa ser lidada com "urgência"

Publicado em 20 de março de 2018 às 12:47

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Fórum Mundial dos Direitos Humanos . ( Reprodução )

A situação de defensores de direitos humanos no Brasil é “sombria” e o governo precisa agir de forma “urgente” para lidar com o problema.

O alerta foi emitido pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU que, nos últimos dias, tem acompanhado de perto o caso do assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro.

Num email ao Estado, o órgão das Nações Unidas indicou que “continua a monitorar a evolução do caso (de Marielle) e está em contato com autoridades locais e regionais, em linha com nosso mandato”.

Para a ONU, porém, o caso da vereadora é sintoma de um problema mais amplo. “Infelizmente, o caso de Marielle Franco ocorre em um contexto mais amplo caracterizado por uma situação sombria para defensores de direitos humanos no Brasil”, alertou a entidade.

Informes de diferentes entidades, como Anistia Internacional, apontam o Brasil como o local mais perigoso para o trabalho de ativistas.

De acordo com o escritório da ONU, a situação foi alvo de reuniões entre a entidade e o governo brasileiro. “Em vários diálogos com as autoridades nacionais e também publicamente temos levado nossa preocupação sobre a intimidação e violência que defensores de direitos humanos frequentemente sofrem no País, incluindo vários assassinatos”, apontou a entidade, num email assinado pela porta-voz, Ravina Shamdasani.

“Esperamos aumentar a colaboração com as autoridades brasileiras para lidar com esse problema de direitos humanos de forma urgente”, completou.

Nesta terça-feira, ONGs ainda irão levar a situação dos ativistas brasileiros para a plenária da ONU. Entidades nacionais e estrangeiras denunciarão o estado brasileiro diante da morte da vereadora Marielle Franco. O grupo ainda cobrará investigações imparciais e que o programa de proteção a defensores de direitos humanos seja fortalecido.

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A denúncia obrigará o governo brasileiro a responder, diante dos demais estados.

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