Publicado em 8 de janeiro de 2023 às 19:47
Exonerado no fim da tarde deste domingo (8), em meio ao vandalismo golpista que tomou Brasília, Anderson Torres, que era responsável pela segurança do Distrito Federal, disse à Folha de S.Paulo que o governo do DF fez devidamente o "planejamento" para receber a manifestação de bolsonaristas.>
Após ter início o quebra-quebra, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou a integrantes do governo Lula que Torres será exonerado. >
Ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Torres viajou de férias para os EUA neste sábado (7). Ele acompanhou os atos de vandalismo à distância, de Orlando (Flórida).>
Integrantes do governo Lula, membros da nova direção da Polícia Federal e ministros do Supremo atribuem ao agora ex-secretário de Segurança Pública os problemas deste domingo. Eles defendem uma responsabilização dura.>
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"Não houve leniência, é a primeira vez que tiro férias em muito tempo. O planejamento foi feito", disse à rerportagem.>
O ex-ministro também afirmou que há mentiras sendo contadas. "Não vim para os EUA para encontrar Bolsonaro. Não me encontrei com ele em nenhum momento. Estou de férias com a minha família. Não houve nenhuma trama para que isso [os atos golpistas] ocorresse", declarou.>
Quando deixou o Brasil às vésperas da posse de Lula, Bolsonaro viajou para Orlando, mesma cidade americana onde Torres diz passar férias.>
A proximidade de Torres com Bolsonaro e sua atuação à frente da Justiça no governo do ex-presidente são alvo de constantes críticas do PT. O próprio Lula criticou Torres na declaração feita na tarde deste domingo (8).>
"O secretário de Segurança dele [governador Ibaneis Rocha] todo mundo sabe a fama dele de ser conivente com as manifestações", afirmou o presidente.>
Anderson Torres é alvo de inúmeras críticas por parte, principalmente, de integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) e também pela oposição por sua atuação como ministro de Bolsonaro.>
Ele entrou inclusive na mira de Alexandre de Moraes (STF) em alguns dos inquéritos de suspeitas de crimes cometidos no governo passado, entre elas uma sobre a live de 29 de julho de 2021 em que Jair Bolsonaro atacou a segurança das urnas eletrônicas. O ex-ministro é policial federal e deve ser reintegrado ao órgão.>
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