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Máscaras de Bolsonaro e Crivella prometem fazer sucesso no carnaval

Máscaras de Bolsonaro e Crivella prometem fazer sucesso no carnaval

A fábrica Condal produziu peças do prefeito Marcelo Crivella, do governador Pezão, do deputado federal Jair Bolsonaro e até do líder norte-coreano Kim Jong-un

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 20:26

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Máscara do governador Luiz Fernando Pezão e os moldes das máscaras do prefeito Marcelo Crivella e do deputado Jair Bolsonaro . (Divulgação)

O carnaval de rua do Rio de Janeiro deve ganhar novos personagens neste ano. A tradicional fábrica Condal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana — famosa pelas máscaras de políticos —, produziu para 2018 peças do prefeito Marcelo Crivella, do governador Luiz Fernando Pezão, do deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro e até do líder norte-coreano Kim Jong-un. O diretor artístico da fábrica, Gabriel Barros, de 29 anos, conta que a ideia surgiu a partir da conjuntura política nacional e internacional.

"A gente busca se atualizar e manter uma contemporaneidade política. Muitas figuras bombaram em 2017, mas essas quatro tiveram mais destaque", explica Gabriel, que conta com a ajuda de quatro funcionários e de mais alguns profissionais terceirizados.

O artista conta que os pedidos por Bolsonaro, por exemplo, sempre foram constantes, mas que o parlamentar seguia como opção. O que mudou, segundo Gabriel, é a possível candidatura à presidência e a notoriedade conquistada por ele nas redes sociais. Já as máscaras de Crivella eram procuradas antes mesmo dele se tornar prefeito da cidade e prometem fazer uma casadinha com as peças do governador Pezão, acredita Gabriel.

Máscaras do governador Pezão e dos ex-governadores Sergio Cabral e Garotinho são sempre bastante procuradas Máscaras do governador Pezão e dos ex-governadores Sergio Cabral e Garotinho são sempre bastante procuradas Foto: Divulgação

Por enquanto, apenas dois lotes com 25 peças de cada um dos quatro políticos foram confeccionados e entregues aos representantes comerciais. Faltando pouco mais de um mês para o carnaval, Gabriel afirma que as novidades deste ano não chegaram a atingir o sucesso das máscaras clássicas na folia carioca, como, por exemplo, da ex-presidente Dilma Rousseff, do senador Aécio Neves, do ex-presidente Lula e do juiz Sergio Moro.

"A expectativa é de que a venda dos novos personagens seja discreta durante o carnaval. Mas, por ser um ano de Copa do Mundo e eleições presidenciais, as máscaras serão produzidas e comercializadas o ano inteiro. Acredito que farão sucesso nas ruas".

Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff estão entre as máscaras mais procuradas pelos foliões Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff estão entre as máscaras mais procuradas pelos foliões Foto: Diovulgação

Apesar do foco ser os políticos nacionais, Gabriel lembra que a fábrica sempre teve tradição em produzir máscaras de figuras políticas internacionais. Ele lembra que a empresa foi fundada em 1958 pelo artista plástico Armando Valles, natural de Barcelona e morto em 2007, o que deixou um certo olhar para os episódios ocorridos no exterior.

"Íamos trabalhar também com os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, mas infelizmente isso não foi possível. O carnaval neste ano começa já no início de fevereiro, o que deixa menos tempo de produção", lamenta ele.

Comércio de olho na procura

Apesar das lojas ainda não estarem vendendo as novas máscaras, os comerciantes garantem que estão atentos à procura dos clientes. May Kelly Gabriela, de 37 anos, é gerente da loja Babado da Folia, no Centro do Rio, e afirma que ainda não fechou os pedidos para o carnaval, já que as vendas geralmente têm início após o réveillon. Segundo ela, a ideia é prestar bastante atenção no que os clientes estão procurando.

"Se houver procura, eu vou encomendar as máscaras, com certeza. Mas a decepção das pessoas com a desonestidade deles está tão grande, que elas devem estar até com medo de serem confundidas com os políticos e apanharem nas ruas", brinca May Kelly.

Felipe Silva, de 29 anos, é supervisor na loja Multifestas, também no Centro do Rio. No ano passado, eles investiram nas máscaras do juiz Sergio Moro e do jogador Neymar Junior. No entanto, as vendas foram baixas, o que deixa Felipe com um pé atrás quando a ideia é apostar nas peças de figuras públicas. Para comercializar as novas máscaras, só mesmo se houver alguma encomenda certa, o que garantiria a venda dos produtos.

"As pessoas procuram mais a máscara do Donald Trump do que a do Marcelo Crivella, por exemplo. Acho que o rosto do presidente norte-americano é mais caricato", aposta.

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