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Lula amplia vantagem eleitoral e venceria Bolsonaros, Tarcísio e demais rivais, aponta Quaest

Lula amplia vantagem eleitoral e venceria Bolsonaros, Tarcísio e demais rivais, aponta Quaest

O levantamento também captou percepções de medo em relação ao retorno de líderes políticos. Para 47% dos entrevistados, há receio de que Bolsonaro volte à Presidência. Já 39% dizem temer um novo mandato de Lula[]

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 11:57

SÃO PAULO - O presidente Lula (PT) ampliou a dianteira sobre seus adversários e venceria todos os nomes testados em simulações de segundo turno da eleição de 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (21).

O levantamento confirma a tendência melhoria no quadro de popularidade do petista nos últimos meses. O governo tem apostado no discurso de defesa da soberania nacional e na associação à família Bolsonaro da crise aberta pelo tarifaço de Donald Trump.

Lula aparece hoje com 47% contra 35% de Jair Bolsonaro (PL) — que está inelegível até 2030 e em prisão domiciliar. Na rodada de julho, o placar era de 43% a 37%.

Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista marca 43% a 35% — em julho, eram 41% a 37%. Frente a Michelle Bolsonaro (PL), tem 47% a 34%, ante 43% a 36% no mês passado.

A pesquisa foi realizada entre 13 e 17 de agosto, com 12.150 entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo é financiado pela Genial Investimentos.

Presidente Lula em evento na cidade de Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha
Presidente Lula em evento na cidade de Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha Crédito: Ricardo Stuckert / PR

Lula também venceria em simulação de segundo turno o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), por 44% a 34% (eram 41% a 36% antes), e o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), por 46% a 30% (na rodada anterior, 41% a 36%).

Na simulação contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula tem 47% a 32%, enquanto, em julho, marcava 43% a 33%. Contra Romeu Zema (Novo), vence por 46% a 32% (antes, 42% a 33%). Em relação ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), registra 47% a 31%, frente a 42% a 33% no mês passado. Contra Flávio Bolsonaro (PL), lidera por 48% a 32% — o cenário não havia sido testado na pesquisa anterior.

Nas simulações de 1º turno, Lula tem 34% das intenções de voto contra 28% de Jair Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%, Ratinho Junior com 7%, Ronaldo Caiado e Romeu Zema com 3% cada. Brancos e nulos somam 13%, e 4% dizem estar indecisos.

Quando a adversária é Michelle, Lula marca 35%, e ela, 21%. Ciro tem 9%, Ratinho 8%, Caiado e Zema 4% cada. Brancos e nulos chegam a 14%, e 5% não sabem.

Contra Tarcísio, o presidente mantém 35% e o governador de São Paulo alcança 17%. Ciro aparece com 11%, Caiado com 6% e Zema com 4%. Nesse cenário, 21% optam por brancos ou nulos, e 6% estão indecisos.

Na disputa com Eduardo Bolsonaro, Lula tem 34%, e o deputado, 15%. Ciro marca 10%, Ratinho também 10%, Caiado 5% e Zema 4%. Brancos e nulos somam 16%, e indecisos, 6%.

No cenário em que enfrenta Flávio Bolsonaro, Lula registra 35% contra 14% do senador. Ciro aparece com 10%, Ratinho com 9%, Caiado com 5% e Zema com 6%. Há 16% de brancos e nulos e 5% de indecisos.

Na intenção de voto espontânea, Lula aparece com 16% das menções, e Bolsonaro, com 9%. Ciro, Michelle, Ratinho, Tarcísio e outros nomes marcam 1% cada. Brancos e nulos somam 4%, e 66% se dizem indecisos

A pesquisa também aferiu a avaliação sobre as futuras candidaturas. Para 58% dos entrevistados, Lula não deveria disputar a reeleição em 2026; 39% dizem que sim, e 3% não souberam responder. Em relação a Jair Bolsonaro, inelegível, 65% defendem que ele abra mão de se candidatar e apoie outro nome, 26% preferem que mantenha a candidatura e 9% não responderam.

Na hipótese de Bolsonaro não concorrer, Michelle mantém a preferência entre os que se declaram bolsonaristas, com 36%. Ela é seguida de Tarcísio, com 15%, Eduardo Bolsonaro, com 10%, Ratinho e Flávio, com 8%, Marçal (6%), Caiado (3%) e Zema (2%). Não responderam 7%, e 5% acreditam que nenhum deles deveria substituir Bolsonaro. A margem de erro para bolsonaristas é de 6 pontos percentuais.

O levantamento também captou percepções de medo em relação ao retorno de líderes políticos. Para 47% dos entrevistados, há receio de que Bolsonaro volte à Presidência. Já 39% dizem temer um novo mandato de Lula. Outros 8% afirmaram ter medo dos dois, 4% não souberam responder e 2% não têm medo de nenhum dos dois.

A pesquisa mediu rejeição e propensão ao voto. Em maio, 57% diziam conhecer Lula e não votar nele, 3% afirmavam não conhecê-lo, e 40% declaravam que votariam. Naquele mesmo período, Jair Bolsonaro registrava 55% de rejeição, 6% de desconhecimento e 39% de propensão a voto. Para Eduardo Bolsonaro, os percentuais eram 56%, 21% e 23%, respectivamente.

Agora em agosto, Lula tem 51% de rejeição, 2% de desconhecimento e 47% de propensão a voto. Jair Bolsonaro aparece com 57% de rejeição, 6% de desconhecimento e 37% de propensão. Eduardo Bolsonaro tem 57% de rejeição, 19% de desconhecimento e 24% de propensão.

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