O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Roberto Robadey Costa Junior, informou na noite deste domingo que precisou acionar a Cedae, que enviou caminhões-pipa, porque, quando chegou ao Museu Nacional para combater o incêndio, verificou que não era possível utilizar os hidrantes próximos ao local. Oitenta homens de 12 quartéis e 21 viaturas trabalham no combate ao fogo. Ainda não se sabe as causas do acidente.
Vim aqui dar essa entrevista, porque só agora posso garantir que tem água suficiente para combatermos o incêndio disse após quatro horas do início do incêndio.
O Museu Nacional - a mais antiga instituição científica do país - completou 200 anos este ano. De acordo com ocomandante, o incêndio começou por volta das 19h30. Quando a primeira equipe chegou à Quinta da Boa Vista, o incêndio já era de médio para grande porte. E os bombeiros conseguiram retitrar algumas peças do acervo.
- Conseguimos retirar com a ajuda dos vigias do museu alguma coisa da parte de trás do palácio, que ainda não havia sido atingido pelo fogo.
Rabadey descatou a possibilidade de desabamento da fachada do imóvel.
- Algumas pavimentos já foram para o chão. Mas como é um prédio antigo, com paredes grossas, os engenheiros avaliaram que não há risco de desabamento, pelo menos da fachada.
Havia três vigilantes no museu. E ninguém ficou ferido. Também não há risco de o fogo atingir o zoológico, que fica próximo dali.
O Museu Nacional não tinha estrutura de combate a incêndio, como determina a legislação. Segundo o comandante, há um mês uma equipe da instituição procurou a área técnica dos bombeiros, porque havia conseguido recursos e queriam regularizar a situação.
- O prédio é muito anterior à legislação. A lei é de 76, e os prédios mais antigos teriam que se adequar. E não houve tempo. é um predio muito grande, e a gente entende a dificuldade de se adaptar.
Muito emocionada, a vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Cerezo, atirou-se ao chão quando chegou ao local. Ela afirma que havia muitos produtos inflamáveis no interior do prédio.
Tínhamos um plano para retirar essas substâncias do museu, mas infelizmente esta tragédia aconteceu antes disse. Estávamos trabalhando com a atualização da prevenção de incêndio, realizando treinamentos, é muito triste.
instituiçãoFoto: Marcio Alves / Agência O Globo
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Os três andares do museu fundado em 1818 por D. João VI e desde 1946 vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro abrigavam um acervo de 20 milhões de itens, incluindo documentos da época do Império; fósseis; coleções de minerais; artefatos greco-romanos; e a maior coleção egípcia da América Latina. Dentre seus itens mais conhecidos, estavam o esqueleto de um dinossauro encontrado em Minas Gerais e o mais antigo fóssil humano descoberto no atual território brasileiro, batizado "Luzia".
Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo neste ano completado 200 anos. E atrai entre 5 a 10 mil pessoas. por mês.
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