Publicado em 4 de junho de 2025 às 08:29
BRASÍLIA - Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) mostra que os índices de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mantiveram estáveis. A desaprovação oscilou de 56% em março para 57% em maio, e a aprovação foi de 41% para 40%. Já 3% dos entrevistados não souberam ou não responderam. A margem de erro é de dois pontos porcentuais. >
Apesar de oscilarem negativamente, os índices da base de apoio tradicional mantiveram estabilidade, dentro de suas respectivas margens de erro (há variáveis maiores nos recortes de grupo). Entre as mulheres, a desaprovação oscilou de 53% para 54% (três pontos de margem de erro). Enquanto isso, o porcentual negativo entre os que estudaram até o ensino fundamental foi de 43% para 47% (numa margem de quatro pontos). A porcentagem de desaprovação no grupo dos que ganham até dois salários mínimos (R$ 3.036) foi de 45% para 49% (margem de erro de quatro pontos).>
No entanto, a desaprovação (53%) entre católicos ultrapassou pela primeira vez a aprovação (45%). Entre os beneficiários do programa Bolsa Família, a reprovação se manteve em 44% e a aprovação caiu de 54% para 51%.>
Os grupos que mais rejeitam o governo Lula são os evangélicos (66%), os que vivem na região Sudeste (64%) e os que ganham acima de cinco salários mínimos (61%). Já os que mais aprovam são os que vivem na região Nordeste (54%), os que possuem 60 anos ou mais (52%) e a população preta (51%).>
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A pesquisa Genial/Quaest também mostra que 31% dos brasileiros acreditam que o governo Lula é o principal responsável pelo desvio de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).>
Para 14%, o maior imputado é o próprio instituto. Em seguida, aparecem as entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados (8%), o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (8%) e os aposentados que não conferiram os descontos antes (1%); 12% apontam "outros", e 26% não souberam ou não responderam.>
O levantamento também mostra que 52% dos entrevistados acreditam que a prioridade do governo Lula deveria ser devolver o dinheiro desviado apenas com os recursos que forem bloqueados das entidades investigadas. Enquanto isso, 41% entendem que deve ser realizada a devolução do dinheiro desviado dos aposentados, mesmo que seja preciso utilizar recursos públicos.>
Para 50% dos entrevistados, é importante que o Legislativo abra uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, em contraste com 43% que dizem que a investigação da Polícia Federal (PF) é suficiente e que a oposição só quer desgastar o governo.>
Para 30% dos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest, a violência é a maior preocupação no Brasil atualmente (antes, eram 29%). Em seguida, aparecem questões sociais (22%, ante 23%) e economia (19%, estável). Corrupção subiu de 10% para 13%, e saúde caiu de 12% para 10%. Já educação oscilou de 7% para 6%.>
A pesquisa ainda aponta que a percepção de que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses recuou de 56% para 48%. Enquanto isso, 30% (anteriormente 26%) avaliam que está do mesmo jeito e 18% (ante 16%), que melhorou. >
Sobre os próximos 12 meses, oscilou de 44% para 45% a quantidade de brasileiros que acreditam que a economia vai melhorar. Os que pensam que vai piorar foram de 34% para 30%, e o índice dos que acham que estará do mesmo jeito oscilou de 19% para 21%.>
O levantamento também mostra que o índice de pessoas que acreditam que o preço dos alimentos nos mercados piorou no último mês caiu de 88% para 79%. Já a quantidade de brasileiros que pensa que ficou igual foi de 6% para 12% e que caiu foi de 6% para 7%, mantendo-se estável.>
Para o cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, um dos motivos para essa contradição é a ampla repercussão de notícias negativas. "A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo", disse.>
Foram realizadas 2.004 entrevistas face a face com brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.>
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