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Delegado vai investigar validade da CNH de atropelador

Delegado vai investigar validade da CNH de atropelador

Antonio Anaquim teve processo de suspensão de CNH aberto em 2014

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 10:56

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Carro invadiu areias de Copacabana e deixou feridos . (Reprodução)

A Polícia Civil irá oficiar o Detran-RJ para verificar a validade da carteira de habilitação (CNH) de Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, motorista que atropelou 17 pessoas e deixou um bebê morto, na noite desta quinta-feira em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Antonio tem um processo de suspensão de CNH aberto em 2014 e um total de 62 pontos em infrações nos últimos cinco anos.

De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Gabriel Ferrando, titular da 12ª DP (Copacabana), a carteira do motorista está válida. No entanto, como há o processo em aberto, a autarquia será oficiada.

— No sistema de consulta a carteira está vigente. Vou oficiar o Detran — disse o delegado.

Anaquim apresenta multas no veículo em que dirigia no momento do acidente e em uma moto. A CNH dele tem validade até 2020. A maioria das multas é por excesso de velocidade. Uma delas, referente à motocicleta, pune o motorista por trafegar em cima de calçada. No total, Anaquim tem 14 multas nos últimos cinco anos. Na saída do Instituto Médico Legal, ele não quis falar com a imprensa.

Na noite desta quinta-feira, Anaquim perdeu o controle do veículo que dirigia, um Hyundai i30, e atropelou diversas pessoas na orla da praia. Ele avançou com o carro pela ciclovia e invadiu a areia. Das 16 vítimas feridas, nove foram levadas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, e outras sete para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Os feridos foram levados para os hospitais Miguel Couto, na Gávea, e Souza Aguiar, no Centro. A bebê de oito meses, Maria Louise, foi levada para a UPA de Copacabana, mas não resistiu aos ferimentos. Em depoimento na delegacia, Anaquim alegou ter sofrido um ataque epilético.

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O veículo dirigido por ele estava com licenciamento vencido desde 2016 e tinha três multas por estacionamento em local proibido. Segundo o site da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), pessoas com intervalos curtos entre as crises não devem dirigir e aquelas com longos intervalos entre as crises podem ser consideradas capazes de dirigir com segurança. A página diz ainda que "a princípio a epilepsia e o uso de medicamentos antiepilépticos não incompatibilizam o candidato à direção de veículos, salvo se o quadro não estiver controlado, sujeitando a pessoa a crises com alteração de consciência".

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