Publicado em 19 de maio de 2021 às 13:09
No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar a operação nesta quarta-feira (19) que mira o ministro Ricardo Salles, a Polícia Federal informou a existência de R$ 14,1 milhões em transações financeiras atípicas envolvendo um escritório de advocacia ligado ao titular do Meio Ambiente. >
Ao autorizar a ação da PF, o ministro Alexandre de Moraes fez menção a um relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) que identificou a movimentação suspeita e disse que a informação requer "maiores aprofundamentos". >
"Ressalto, por oportuno, que o RIF n. 60322.2.2536.4046 (Volume VIII) envolvendo o agente público com prerrogativa de foro (Ministro do Meio Ambiente) indicou movimentação extremamente atípica envolvendo o escritório de advocacia cujo Ministro de Estado é sócio (50%)", afirmou. >
As transações atípicas, segundo descreveu Moraes na decisão, ocorreram no período compreendido entre janeiro de 2012 e junho de 2020. >
>
"Sendo assim, tenho por atendidos os pressupostos necessários ao excepcional afastamento da garantia constitucional dos sigilos bancário e fiscal", afirmou o ministro do Supremo. >
O objetivo da operação, de acordo com a PF, é apurar crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. >
O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por decisão de Moraes.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta