Uma criança de dois anos morreu após ser esquecida dentro de uma van do transporte escolar nesta terça-feira (14) em São Paulo. Apollo Gabriel Rodrigues ficou ao menos oito horas esquecido dentro da van escolar. O menino só foi encontrado por volta das 15h30 quando o motorista voltou ao veículo e o encontrou trancado.
O casal responsável pelo transporte do menino foi preso em flagrante por homicídio doloso, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública). O motorista Flávio Robson Benes, 45, e a esposa Luciana Coelho Graft, 44, que o auxilia, são contratados da Prefeitura de São Paulo para operar o TEG (Transporte Escolar Gratuito). O caso aconteceu na Vila Maria, zona norte da capital paulista.
O menino foi pego em casa pelo casal por volta das 7h para ser levado à creche, mas ficou esquecido dentro do veículo em um estacionamento. Nesta terça-feira, a capital paulista registrou mais um dia de forte calor, em que termômetros registraram temperaturas acima dos 37°C.
Já na parte da tarde, quando o motorista foi retirar o carro em um estacionamento onde havia deixado o veículo notou a presença da criança desacordada.
O menino, que fez aniversário no último dia 30, foi socorrido pelo próprio condutor até o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria, zona norte, onde já chegou morto.
"Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele está seguro e fui trabalhar. Sempre eu chegava e meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou ver ele", disse Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo, à TV Globo.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação declarou lamentar o ocorrido e que presta apoio aos familiares. "A Diretoria Regional de Educação acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família".
Segundo a pasta, o condutor do Transporte Escolar Gratuito já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos.
O casal foi levado para a delegacia. Grafit disse que estava com enxaqueca e mal-estar e isso pode ter comprometido sua atenção. A função dela é cuidar das crianças durante o transporte e fazer a checagem da lista das pessoas transportadas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta