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Aumento de relatos de gripe leva São Paulo a ampliar testes contra Covid

Aumento de relatos de gripe leva São Paulo a ampliar testes contra Covid

Segundo Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, nos primeiros 15 dias de dezembro, foram 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais, sendo 45.325 casos de suspeita de Covid-19

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 11:21

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Teste PCR para diagnosticar a Covid-19
Teste para diagnosticar a Covid-19. (Pixabay)

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo começa nesta semana a fazer testes rápidos para identificar casos de Covid-19 em todos os pacientes com sintomas gripais que procurarem a rede municipal. De acordo com a pasta, a testagem será pelo método antígeno.

Os testes começam a ser feitos quando, segundo a pasta da gestão Ricardo Nunes (MDB), houve um aumento de pessoas com síndrome gripal que procuraram atendimento.

De acordo com a secretaria, nos primeiros 15 dias de dezembro, foram 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais, sendo 45.325 casos de suspeita de Covid-19, contra um total de 111.949 pacientes em todo o mês de novembro, sendo que 56.220 deles tinham suspeita de estarem com o novo coronavírus.

O número de pessoas com sintomas de gripe na rede municipal na primeira quinzena de dezembro representa 82% dos registros nos 30 dias de novembro.

O vírus influenza A H3N2, o mesmo associado à epidemia de gripe no Rio de Janeiro e que está circulando na cidade de São Paulo, também já provoca aumento de atendimentos na rede privada.

Ele é um dos subtipos do vírus influenza A. Os sintomas provocados por este vírus são os clássicos de gripe: febre alta com início agudo, cefaleia, dores articulares, constipação nasal e inflamação de garganta e tosse. Em alguns casos pode haver vômito e diarreia, sintomas mais comuns em crianças.

Embora a vacina contra a gripe usada no programa de imunização tenha na sua composição a cepa H3N2, não é a mesma que circula agora no Rio e em São Paulo. Essa, chamada de Darwin [cidade na Austrália onde ela foi identificada pela primeira vez], não está coberta pela atual vacina.

"A secretaria segue monitorando o cenário epidemiológico das doenças virais no município, entre elas o vírus influenza", diz a pasta municipal, em nota.

De acordo com a secretaria, as unidades hospitalares coletam amostras de secreção nasal de pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) ou em unidades de saúde sentinelas, como AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), hospitais infantis e gerais, tanto público quanto privados.

"Essas amostras são encaminhadas ao Laboratório de Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz, que identifica se de fato trata-se de influenza e também qual o tipo de vírus", afirma.

"A identificação dos tipos de cepas virais circulantes permite avaliar o comportamento do vírus da gripe na cidade, subsidiando a secretaria em suas ações de assistência, vacinação, campanhas de educação em saúde e demais intervenções pertinentes", diz.

Segundo os especialistas, o melhor a ser feito neste momento é as pessoas continuarem usando máscaras e evitando aglomerações.

Neste ano, no município de São Paulo, segundo a secretaria, foram notificados 119.873 casos de Srag, com necessidade de hospitalização. Desses, 205 (0,2%) foram confirmados como provocados pelo vírus influenza. Em 2020 foram notificados 120.850 casos de Srag com hospitalização, dos quais 242 foram classificados como Srag por influenza.

Dos 205 casos atuais, 20 (9,8%) foram positivos para influenza A (H1N1) pdm09A, quatro (3,8% para influenza A (H3) sazonal, 134 (34,3%) para influenza A (não subtipado) e 47 (19,9%) para influenza B.

"A influenza sazonal é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para formas mais graves como Srag e até morte", diz trecho da nota da secretaria municipal.

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