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Até garrafa é arremessada contra Aécio, muito xingado ao votar em BH

Até garrafa é arremessada contra Aécio, muito xingado ao votar em BH

Senador minimiza clima hostil em colégio mineiro e diz que manifestações eram 'a democracia'

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 22:21

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O senador Aécio Neves (PSDB), candidato a deputado federal por Minas Gerais, vota por volta das 16h no colégio Estadual Central, na região Centro-Sul da capital mineira, neste domingo. O candidato foi bastante vaiado e hostilizado, com xingamentos de "golpista" e "ladrão" quando chegou. "Vou esperar a recepção das urnas. Isso aqui é democracia. Isso está acontecendo no País inteiro". (FRED MAGNO/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi vaiado e xingado de "golpista", "ladrão" e "f...d...p...!" durante sua chegada e saída para votar em Belo Horizonte, no Colégio Milton Campos, no bairro de Lourdes. Aécio chegou ao local de votação pouco depois das 16h. Ao sair, o tucano candidato a deputado federal foi novamente hostilizado. Copos usados de café e até uma garrafa foram arremessados contra ele na rampa de descida da escola. Já na rua, apressado, Aécio disse que as manifestações eram "a democracia, é o que o país está vivendo".

O tucano disse que se sentia "muito feliz com a acolhida que eu tive em todo o Estado". E acrescentou: "Lamento apenas que nas últimas presidências nós tivemos (sic) uma eleição corrompida, segundo o coordenador da campanha da Dilma Rousseff, doutor Palocci, com R$ 800 milhões de dinheiro da propina". O senador acrescentou que "isso, sim, é um crime que precisa ser investigado e punido". Ao ser questionado sobre quem ele apoiaria no segundo turno para presidente, Aécio respondeu somente "vamos aguardar", ao entrar no carro em meio ao tumulto.

O senador chegou à seção 111, que tem 493 eleitoras inscritos, quando as filas para votação já estavam diminuindo. Na fila, teve de aguardar o atendimento a um idoso com dificuldades de locomoção que esperava a vez para votar. Parado junto à parede, ouviu os xingamentos já citados.

O senador Aécio Neves (PSDB) chegou para votar em um colégio na região centro-sul de Belo Horizonte. Candidato a deputado federal, ele foi bastante vaiado e hostilizado. "Vou esperar a recepção das urnas. Isso aqui é democracia", disse.

Pela manhã, por volta de 8h20, a irmã dele, Andrea Neves, votou na seção 118 da mesma escola. Com poucos eleitores na fila, ela aguardou a vez por cerca de cinco minutos. Depois, deixou o local sem falar com a imprensa.

Andrea foi presa no ano passado pela Operação Patmos, um braço da Lava Jato, depois do escândalo da divulgação das gravações de conversas dela com o empresário Joesley Batista envolvendo a quantia de R$ 2 milhões. Responsável por toda a comunicação do governo do irmão em Minas, ela foi investigada na Lava Jato no caso de um repasse para Aécio em uma negociação que envolveria a venda de um apartamento da família no Rio. Liberada da cadeia, pelo STF, Andrea teve de ficar em prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica. Em dezembro do ano passado, o ministro Marco Aurélio Mello suspendeu a prisão e a tornozeleira.

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Também pela manhã, o prefeito de BH, Alexandre Kalil, votou por volta de 9h20 na mesma seção de Andrea Neves. Kalil entrou e saiu do local em clima de tranquilidade. Na saída, ouviu de uma eleitora que estava na fila um pedido para "voltar para o Galo". Kalil já foi presidente do Atlético Mineiro. De longe, ele acenou e sorriu.

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