Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda*
A sociedade brasileira tem enfrentado tempos de adversidades intelectuais, emocionais, econômicas, sociais e éticas. Verdadeiros dilemas que nos remetem a reflexões que reverberam na nossa consciência profissional e nos mobilizam ao planejamento, execução, desenvolvimento e redimensionamento de nossas carreiras.
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O que estamos fazendo pela Biblioteconomia brasileira e o que poderíamos ter feito?
Como temos realizado nossas práticas profissionais, acadêmicas e sociais durante o processo de nossa formação enquanto sujeitos de nossa profissão? Em que medida nossas práticas e atuações têm contribuído para a formação do cidadão e a construção de uma sociedade mais justa, plural e democrática? Até que ponto de nossas vidas conseguimos fazer intervenções na sociedade de maneira a dirimir as desigualdades? O que nós estamos fazendo na e para a sociedade?
Estas e outras questões queremos debater na 28ª edição do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, que ocorre de 1º a 4 de outubro no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo. Neste ano, o evento traz como tema “Desigualdade e Democracia: qual é o papel das bibliotecas?”.
É o momento de falarmos sobre a responsabilidade social da Biblioteconomia exercida por nós, bibliotecários. Precisamos seguir garantindo a promoção da leitura, a democratização e o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade nos diversos ambientes de formação e de informação a todos, sem exceção. Somos responsáveis pela preservação dos registros do conhecimento humano para que sejam transmitidos de geração para geração e de sociedade para sociedade.
Toda e qualquer pessoa deve ter o direito à informação, sem censura, para que se desenvolva como ser humano e tenha a devida competência para saber qual informação confiável é necessária para a sua vida, para o seu desenvolvimento intelectual, social, econômico e cultural. Dessa maneira, contribuímos para o desenvolvimento das pessoas e diminuindo as desigualdades em nome da democracia, provocando algumas mudanças em nossa consciência social e política.
*O autor é presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)
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