Seis faixas na ponte são avanço, mas Vitória precisa de mais

Além da 3ª Ponte, as medidas anunciadas mostram o empenho do governo para enfrentar a mobilidade

Publicado em 05/09/2019 às 20h43
Atualizado em 29/09/2019 às 14h57

Terceira Ponte

Luiz Carlos Menezes*

Finalmente decidido: a Terceira Ponte vai contar com seis faixas de tráfego. A meu ver, a mais importante decisão em favor da mobilidade metropolitana – desde a inauguração da ponte, há três décadas. O governo do Estado, ao declinar da inclusão de uma quinta faixa (reversível), decidiu pela alternativa mais adequada. E definitiva.

O vertiginoso aumento do volume de tráfego na ponte, causador de grandes engarrafamentos, tornou essa travessia um verdadeiro martírio. Assim, a inclusão de mais duas faixas, além de uma considerável melhoria no fluxo de veículos na ponte, trará uma correspondente redução no represamento do trânsito nos seus acessos.

No artigo que assinei em 6 de julho do ano passado (“Terceira Ponte: problema ou solução?”), insisti mais uma vez na viabilidade das seis faixas (sem alargamento), como também no pedágio em sentido único, hoje consolidado. Vejo, portanto, que a minha perseverança na defesa das seis faixas não foi em vão (entreguei meu primeiro estudo ao governador Casagrande no seu mandato anterior). Assim, não poderia deixar de aplaudir esta decisão e reconhecer o empenho do secretário Fabio Damaceno e da sua equipe na busca da melhor solução – que inclui, ainda, ciclovia e proteção contra suicídios.

Mas além da Terceira Ponte, o conjunto de medidas anunciadas recentemente, envolvendo aquaviário, Praça do Cauê, ônibus climatizados, mergulhão de Carapina, maior celeridade no término da obra da Avenida Leitão da Silva etc. mostra o empenho do governo estadual no enfrentamento do problema da mobilidade. A nova denominação da Secretaria de Transportes, com inclusão do termo mobilidade (a sigla mudou de Setop para Semobi), sinaliza isso.

Segundo pesquisa (PDU/2018), a dificuldade de mobilidade é o principal problema dos moradores de Vitória. Assim, vejo também outras medidas que trariam consideráveis melhorias para o tráfego da Capital.

Medidas de baixo custo, tais como: melhor utilização do sistema viário, adoção do binário para eliminação de semáforos de três tempos (onde possível), mais ciclovias (de preferência nos canteiros em razão de ruas estreitas) e a ampliação da rótula de cruzamento da Reta da Penha com a Avenida Rio Branco, com engarrafamentos constantes (há espaço suficiente).

*O autor é engenheiro civil, empresário e conselheiro da Ademi-ES

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