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É secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social

Segurança pública e tecnologia: um caminho sem volta

Uso e aplicação de recursos tecnológicos são necessários para o desenvolvimento de uma segurança pública orientada para obtenção de resultados, tanto nos processos operacionais e de gestão quanto nas atividades investigativas e de inteligência

  • Marcio Celante É secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social
Publicado em 09/09/2022 às 13h06

A coluna Leonel Ximenes, do jornal A Gazeta, publicou em 31 de agosto matéria intitulada “25 veículos roubados recuperados e prisão de foragidos no ES”, descrevendo dados de produtividade, funcionalidades e fatos relacionados ao programa Cerco Inteligente.

O texto, muito bem escrito, diga-se, detalha a fase inicial de um projeto ambicioso, robusto e complexo que, mesmo em processo de implantação e adaptação, começa apresentando resultados e sinaliza para um dos mais importantes vetores de investimento no campo da segurança pública e da defesa social para hoje e para o futuro: a tecnologia.

Projetos dessa natureza são muito complexos, pois é necessário um conjunto sinérgico de ações multissetoriais para que efetivamente sejam implantados, funcionem e proporcionem os melhores resultados para o cidadão, que deve ser visto como o maior benificiário desse investimento, pela ampliação da percepção positiva de segurança e da paz social.

Não se trata somente de adquirir e instalar; também é necessário compatibilizar qualquer novo sistema ao legado tecnológico existente no Estado e incluir sua utilização nas rotinas operacionais, de investigação e de inteligência dos agentes dos órgãos de segurança pública e defesa social.

Nesse sentido, cabe aos órgãos da área, na qualidade de usuários, o enorme e honroso esforço da realização de treinamentos, a criação de protocolos e a adaptação de suas rotinas no mais breve tempo; pois o investimento em tecnologia proporciona um enorme salto qualitativo das ações em quaisquer campos.

Isso significa operações muito mais qualificadas, alvos mais precisos e direcionamentos de recursos materiais e humanos para ações mais eficientes, efetivas e eficazes; culminando com o enfretamento da violência e da criminalidade com melhores resultados para o cidadão capixaba.

Afinal, diante do atual estágio de desenvolvimento tecnológico que se encontra a sociedade moderna, o uso e aplicação de recursos de tecnologia são condições necessárias para o desenvolvimento de uma segurança pública orientada para obtenção de resultados, tanto nos processos operacionais e de gestão quanto nas atividades investigativas e de inteligência policial.

EM IMPLANTAÇÃO

Assim como o programa objeto da matéria descrita no início do texto, há outros recursos em processo de implantação ou início de funcionamento que, em curto e médio prazo, continuarão a possibilitar um salto de gestão no emprego de recursos como o sistema ABIS (Automated Biometric Identification System) para identificação civil e criminal, esta solução multibiométrica composta por reconhecimento por impressão digital e pela face, pesquisa por fragmentos latentes (impressões digitais da palma das mãos), ferramentas de apoio na análise dos resultados das pesquisas realizadas, interoperabilidade com soluções biométricas de outras entidades e de enfrentamento a grupos criminosos; assim como o Teleflagrante, que proporciona a otimização de efetivos da Polícia Civil e possibilita a realização de flagrantes em municípios diversos.

Por fim, todos devem ter a convicção de que a complexidade da área de segurança pública e defesa social não é compatível com soluções simplistas; muito menos aquelas que prometem resultados rápidos e definitivos.

Ao contrário, o caminho é lento, longo e exige comprometimento de todos, de gestores públicos das três instâncias de governo aos cidadãos. Mas a tecnologia está neste caminho para ajuda a acelerar nossos passos e encurtar a distância; e esse caminho é sem volta!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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