Vinícius Figueira*
O que vinha sendo conversando há tempos entre os gestores do Instagram tornou-se fato. A rede social que tem como objetivo o compartilhamento de imagens e histórias transformou seus algoritmos para que a quantidade de likes se tornasse oculta. A proposta assume um caráter até antropológico e humanístico: “Não gerar competição”.
No meio digital e publicitário, a notícia foi até comemorada, afinal de contas, muitos clientes de rede social ousavam medir a sua comunicação através do número de likes. Se a publicação tivesse muitas curtidas tinha surtido efeito, do contrário, o feed era rolado e seguiam para a próxima. Jurássico! A postura dos gerenciadores da rede social, foi trajada e bem proposital face aos seus objetivos que tangem a existência.
A verdade nua e crua é que um bom perfil não pode ser medido por quantidade de likes, mas pela qualidade do seu conteúdo. Quem mede eficiência de rede social por curtidas, no fundo, expõe sua necessidade e carência de ser confirmado por tudo que faz. Se você não for curtido, a carência não é suprimida.
Sempre a melhor estratégia será aquilo que você irá produzir para seus seguidores, para quem está na rede. Um conteúdo planejado, pensado, gerado, criado não assume quaisquer riscos de se tornar obsoleto ou intocável. Ter um bom alcance é bem melhor do que likes. A regra é sempre clara: quanto mais visto, mais notado.
Um outro fator crucial: aposte numa comunicação inspirada no seu público, uma redação que dialogue com o modo dele ser gente, pessoa, modo de se comportar na sociedade. Não faça uma comunicação carregada. Opte pela simplicidade. Simplicidade significa simplificar as coisas.
A rede que nos possibilita contar nossas histórias mudou muitos comportamentos nos últimos tempos. Mas agora a estratégia inverteu e é ela mesma quem assume um toque de humanização, nos convidando a mudar nosso jeito de ser pessoa e evitar a competitividade para que foquemos em nossas histórias. A nova dinâmica do Instagram só nos leva a confirmar uma coisa: o valor não está na quantidade de curtidas, mas no posicionamento do seu conteúdo. O coração do Instagram não são os likes.
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*O autor é publicitário, pós-graduando em influência digital pela PUC do Rio Grande do Sul
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