Leonardo Carraretto*
Mesmo sem perceber, na prática nós já sabemos: os dez anos que passamos em uma educação formal não são suficientes para estarmos completamente preparados para alcançarmos o sucesso profissional. Pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Pew Research Center mostrou que, entre as pessoas de até 30 anos, 61% acreditam que será essencial desenvolver novas habilidades ao longo de sua vida profissional.
Especificamente sobre a faculdade, apenas 16% dos entrevistados pensam que um curso de quatro anos prepara os alunos para um trabalho de alto rendimento na economia moderna.
Em um contexto de informações sendo geradas a todo instante, em uma velocidade assustadora, será necessária uma verdadeira revolução no modelo de aprendizagem. E o papel de instituições de aprendizagem será vital para transformar o sistema. Precisamos de ecossistemas de apoio ao aprendizado, e não de ordem e disciplina, ou de produtos. Hoje, mais do que nunca, precisamos entender que nosso cérebro nunca foi linear e que precisamos de fontes exponenciais para sermos a nossa melhor versão.
Aquelas pessoas que desenvolverem a habilidade de aprender a aprender, que sejam autodirigidas e sejam protagonistas da sua própria aprendizagem vão conseguir se destacar. Se consolida então o modelo Lifelong Learning, baseado em quatro pilares: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
Quando aprendemos a aprender, o mundo vira a nossa sala de aula. Percebemos que é preciso ter prazer, admiração, paixão e fluxo durante o aprendizado, não uma relação de poder e autoridade. E que tudo isso precisa ser criado, pois durante anos a nossa esperança na educação esteve fundamentada em modelos tradicionais que nos trariam o caminho para a prosperidade e sucesso.
É preciso resgatar o prazer de aprender, é preciso romper com velhas estruturas e integrar tudo isso para um novo mundo exponencial. Porque aprender é a revolução que (todo) o mundo precisa.
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*O autor é especialista em educação e inovação
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