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É presidente da Associação Empresarial de Cariacica (AEC)

O associativismo para fortalecer e desenvolver empresas

Sim, precisamos de grupos de amigos, parceiros e crenças, mas é fundamental que eles estejam conectados a outros grupos, abertos ao diferente e dispostos a mudar quando necessário

  • Wagner Cantarela É presidente da Associação Empresarial de Cariacica (AEC)
Publicado em 20/08/2024 às 14h50

Duas vertentes muito em voga no mundo, hoje, estão confundindo a sociedade por seu antagonismo. Por um lado, temos grupos com discursos e práticas cada vez mais polarizados, vivendo em bolhas, afastando-se uns dos outros, especialmente daqueles com ideias ou estilos de vida diferentes.

Ao mesmo tempo, somos bombardeados por conteúdos que apontam a conexão entre pessoas, o compartilhamento de informações variadas e a construção de redes de relacionamento baseadas na cooperação como tendências no meio corporativo e essenciais para potencializar as relações e o trabalho.

Como presidente da Associação Empresarial de Cariacica (AEC) e executivo de uma empresa de logística, a Multilift, que depende da conexão com públicos diversos ao redor do mundo, entendo que já passou da hora de reagir a esse cenário dicotômico.

Sim, precisamos de grupos de amigos, parceiros e crenças, mas é fundamental que eles estejam conectados a outros grupos, abertos ao diferente e dispostos a mudar quando necessário. Tradição, valores, mudança e diversidade são conceitos que devem dialogar entre si para que possamos viver de forma mais harmoniosa e produtiva.

Temos um bom exemplo desse bem conviver a partir do conhecimento, do diálogo, da colaboração e do respeito que praticamos na associação que presido. Reunimos um grupo de empresários que prioriza o bem coletivo sobre as necessidades individuais de seus negócios. Na nossa organização, promovemos o bom, velho e, acredito, eterno, associativismo raiz.

Agregamos gestores dos mais diversos setores econômicos, com demandas variadas, e nos posicionamos como interlocutores deste setor produtivo. Por meio do debate qualificado com os diferentes segmentos e da capacidade de articulação dos nossos membros, seguimos desempenhando, ao longo dos anos, um papel essencial na concepção de múltiplas ações propositivas.

Também conjugamos demandas que não são exclusivamente nossas. São prioridades da AEC a educação como forma de valorizar o capital humano e a inclusão social; a infraestrutura e a logística; o apoio a micro e pequenas empresas; ações para desburocratização e melhoria da gestão pública. Nossa união tem nos permitido, enquanto iniciativa privada, ajudar a construir uma sociedade melhor para todos.

Aprender a operar em rede é imperativo para gerar crescimento e bem-estar para os negócios e para a sociedade. O setor produtivo se alimenta e prospera com diálogo, conexões e mudanças.

Grupo de amigos de trabalho discutindo ideias
Grupo de amigos de trabalho discutindo ideias . Crédito: Pixabay

Somos um exemplo de que diferentes objetivos e crenças podem conviver e crescer em harmonia. Nosso modelo resistiu a crises econômicas, pandemia e segue robusto, próspero. Somos a prova de que a superação dos desafios é possível a partir do associativismo.

O associativismo é e continuará sendo essencial para o desenvolvimento e o crescimento dos negócios de qualquer setor da economia.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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